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Senado dos EUA analisa os indicados por Trump para o gabinete: quem são os escolhidos pelo presidente eleito?

14 jan 2025, 15:28 - atualizado em 14 jan 2025, 15:28
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(Imagem: REUTERS/Carlos Barria)

Os Estados Unidos estão cada vez mais próximos do retorno de Donald Trump à Casa Branca, previsto para a próxima segunda-feira (20). Para implementar suas propostas, o presidente eleito já formou seu círculo de confiança, que o auxiliará na condução das principais políticas.

O senado americano começou a examinar hoje (14) a equipe de governo de Trump. O grupo conta com pessoas que auxiliarão o presidente eleito em pautas como imigração, “ameaça chinesa” e redução do tamanho do governo federal americano.

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A audiência, no entanto, pode se tornar uma pedra no sapato para o secretário de Defesa nomeado, Pete Hegseth. O ex-major e apresentador da Fox News deve enfrentar uma série de acusações, desde consumo exagerado de álcool, até assédio sexual.

A Constituição dos Estados Unidos exige que o Senado confirme, por votação, as nomeações de ministros e funcionários de alto escalão.

Conheça a equipe escolhida por Trump

Imigração

Ao tratar da proteção da fronteira entre Estados Unidos e México, além da deportação dos imigrantes ilegais, Trump escolheu dois nomes para se encarregarem desta pauta.

Para o cargo de Secretário da Segurança Interna, o presidente eleito escolheu a republicana Kristi Noem. A congressista atraiu a atenção do país, em 2020, quando foi contra a obrigação do uso de mascaras e medidas de lockdown durante a pandemia do Covid-19.

Além disso, Noem foi a primeira governadora a enviar membros da guarda nacional do seu Estado ao Texas, para ajudar na proteção da fronteira.

Junto à ela, Tom Homan, apelidado de “Czar da Fronteira”, será o responsável pelas fronteiras dos Estados Unidos. O nomeado atuou como diretor interino de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE, na sigla em inglês), no último mandato de Trump.

Políticas externas

Como Secretário de Defesa, ou seja, aquele encarregado de comandar as forças armadas, tanto para fins operacionais quanto administrativos, Trump nomeou Pete Hegseth.

O apresentador é veterano de guerra e é o autor de “The war on warriors: Behind the betrayal of the men who keep us free” (A guerra contra os guerreiros: Por trás da traição dos homens que nos mantêm livres”, em tradução livre).

Além disso, Trump nomeou Marco Rubio como seu Secretário de Estado. Senador pela Flórida desde 2011, ele já afirmou que “a ameaça que irá definir este século é a China“.

Como consultor de Segurança Nacional, o presidente eleito nomeou Michael Waltz para o cargo. O veterano de guerra também é extremamente rígido ao falar sobre a China, chegando até a defender que os EUA se preparem melhor para um conflito no Pacífico.

Eficiência governamental

Para liderar os trabalhos de redução de custos do governo, Trump criou o Departamento de Eficiência Governamental (Doge). Para atuar na área os nomes escolhidos são Elon Musk e Vivek Ramaswamy.

O Doge não é um ministério oficial do governo e ainda não se sabe como o departamento funcionará. Apesar disso, Musk já avaliou cortes de até US$ 2 trilhões e prometeu causar “ondas de choque” em todo o governo.

Já Ramaswamy afirmou apoiar a eliminação da agência de coleta de impostos (IRS) e o Departamento de Educação. Além disso, o multimilionário defende cortes agressivos no orçamento do governo, incluindo demissões em massas e a eliminação de agências e departamentos, como o FBI, por exemplo.

Criação de tarifas

Os responsáveis para ajudar Trump a criar uma agenda de comércio e tarifas são Howard Lutnick, como Secretário do Comércio, e Scott Bessent, como Secretário do Tesouro. Ambos serão encarregados de colocar em vigor os impostos de importação.

As taxas propostas por Trump trazem algumas preocupações para o mercado internacional, principalmente para a China. O plano de governo do presidente eleito indica uma adição de tarifas de, pelo menos, 10% sobre todas as importações de países externos, incluindo seus parceiros comerciais, México e Canadá. Contudo, para a China, a tarifa sobe para 60%.

Lutnick mostrou apoio aos projetos econômicos de Trump, incluindo suas tarifas de importação. Além disso, o bilionário apoia a desregulamentação das criptomoedas e a eliminação do imposto de renda.

O nomeado à Secretário do Tesouro, Bessent, também é a favor das tarifas, além de cortes orçamentários, desregulamentações e aumento dos investimentos na produção de petróleo dos EUA. Apesar disso, assim como Lutnick, ele acredita que as taxações são, principalmente, ferramentas de negociação, e não fonte permanente de receita.

Desregulamentações

No Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Trump escolheu Robert F Kennedy Jr. para controlar a área. Apesar disso, Kennedy é advogado e não possui formação médica.

O escolhido terá ampla autoridade sobre as agências federais de saúde do país, incluindo as que regulamentam vacinas, as quais ele pretende revisar. Além disso, Kennedy possuí alguns objetivos declarados como fluoretação da água, controle do sistema alimentício e do uso de aditivos.

Já para o cargo de diretora de Inteligência Nacional, Trump nomeou Tulsi Gabbard, ex-candidata à nomeação presidencial pelo Partido Democrata. Em 2022, Gabbard deixou os democratas e se juntou ao Partido Republicano em 2024, apoiando Trump em sua candidatura.

Serviço de Receita Externa

Trump afirmou nesta terça-feira (14) que criará um novo departamento chamado Serviço de Receita Externa “para coletar tarifas, impostos e todas as receitas” de fontes estrangeiras.

O presidente eleito disse em uma publicação nas redes sociais que criará o departamento em 20 de janeiro, dia em que tomará posse como presidente para um segundo mandato.

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Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
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