Política

Senado aprova requerimento para debate sobre plano de vacinação com ministro da Saúde

09 dez 2020, 19:37 - atualizado em 09 dez 2020, 19:37
Bolsonaro. Pazuello
Várias dúvidas precisam ser esclarecidas … É necessário que o Congresso Nacional busque sanar essas dúvidas à população (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O Senado aprovou nesta quarta-feira requerimento para a realização de sessão de debates na Casa sobre o plano de vacinação contra a Covid-19 com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, além de representantes de desenvolvedoras de imunizantes e também da Anvisa.

Ainda não há data para a realização do debate, para o qual também foram convidados representantes do Programa de Imunização, da Secretara de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems).

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, que é responsável pela produção no Brasil da vacina chinesa CoronaVac, também consta no pedido de sessão temática, assim como representantes dos laboratórios fabricantes de demais vacinas.

“Nesse momento de ineditismo sem precedentes, não é possível nenhum tipo de conotação política, ideológica ou de competições entre entes da federação sobre aquisição e distribuição de vacinas”, diz o requerimento aprovado nesta quarta, de autoria dos senadores Esperidião Amin (PP-SC), Marcelo Castro (MDB-PI), Nelsinho Trad (PSD-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

“Várias dúvidas precisam ser esclarecidas … É necessário que o Congresso Nacional busque sanar essas dúvidas à população”.

O governo federal vem sendo cobrado sobre um plano de imunização nacional. Em meio ao aumento de casos do novo coronavírus, o que muitos especialistas alegam ser uma segunda onda, a expectativa de governadores era a de uma divulgação do plano nesta quarta, após a promessa de Pazuello em reunião da qual participaram na véspera.

Mesmo pressionado, Pazuello não cumpriu o prometido. O ministério informou, no entanto, que um imunizante pode ser utilizado ainda neste ano, em caso de aval emergencial da Anvisa e antecipação de entrega das doses.

Em audiência pública no Congresso, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, afirmou que o plano passa por revisão e deve ser apresentado na próxima semana.

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