Internacional

Semana teve decisão de política monetária no Brasil e na Europa antes de Fed na 4ª

16 dez 2018, 10:48 - atualizado em 16 dez 2018, 10:48

Por Investing.com – Enquanto a aguardada reunião de política monetária do Fed não chega na semana que vem, os Bancos Centrais de Brasil e da Zona do Euro apresentaram suas decisões nesta semana.

No Brasil, a surpresa foi o comunicado do Copom com a avaliação do cenário-base para a manutenção da taxa básica de juros em 6,5% ao ano, o que era esperada pelo mercado. Os diretores do Banco Central do Brasil avaliaram que houve elevação no risco de a ociosidade na economia resultar em inflação mais baixa que a esperada, somando-se à redução de chances de frustração quanto às reformas e ajustes necessários para a economia não serem realizadas.

O cenário com a Selic em 6,5% ao ano e taxa média de câmbio de R$ 3,85/US$ leva a uma melhor projeção para a inflação em 2018, com a estimativa de o IPCA encerrar este ano em 3,7%, ante 4,4% na projeção anterior. Em 2019, a projeção foi para 3,9% – contra 4,2% anteriormente – e 3,6% para 2020. Em todos os casos a inflação fica abaixo do centro da meta de inflação. Na avaliação dos economistas do Itaú Unibanco (SA:ITUB4), aumenta a aposta de manutenção do atual patamar da taxa básica de juros ao longo do ano que vem.

Já o Banco Central Europeu (BCE) confirmou o seu cronograma de encerrar os estímulos monetários neste mês, após uma compra total de títulos de 2,6 trilhões de euros em quatro anos. Tornar a política monetária da zona do euro mais restritiva ainda vai levar tempo, pois o BCE manteve a taxa de juros inalterada, em 0%, e prometeu mantê-la no mesmo nível por um longo período, em meio a preocupações com a desaceleração econômica e turbulências políticas. Além disso, a taxa de depósito do BCE foi mantida em -0,40%, e houve a promessa de prolongar estímulos para tirar a economia da zona do euro da inércia do baixo crescimento.

Por fim, o presidente dos EUA Donald Trump iniciou a preparação do clima para a reunião do Federal Reserve na próxima quarta-feira (19), em que deve se confirmar a quarta elevação do ano dos juros americanos em 2018. Em entrevista à Reuters, Trump voltou a discordar do aumento da taxa de juros na próxima reunião dos diretores do Fed, acreditando ser necessária a manutenção do atual patamar do intervalo de juros para manter o crescimento da economia americana em meio à guerra comercial contra a China e potencialmente contra outros países. Indicado pelo presidente ao cargo, Powell foi qualificado de “bom homem” por Trump, que deu indicativo de respeitar a autonomia do Fed nas decisões de política monetária mesmo discordando dela.

Ainda em BCs, a Turquia manteve os juros em 24% ao ano, a Rússia surpreendeu e elevou suas taxas para 7,75%, enquanto a Índia nomeou Shaktikanta Das para a presidência do banco.

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