Semana marca transição para chuvas no Brasil; veja como fica o clima
A semana entre 12 e 18 de janeiro marca um cenário de transição para o clima no Brasil. As chuvas, que ficaram concentradas no Norte e Nordeste na primeira metade de janeiro, começam a diminuir, enquanto um corredor de umidade se desloca para o Centro-Sul do Brasil, segundo a Nottus Meteorologia.
Esse movimento, diz a empresa, trará precipitações para as regiões Centro-Sul do país, com destaque para o Paraná, interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que devem receber boas chuvas até o final de janeiro.
Apesar das chuvas continuarem no Norte e Nordeste, elas serão menos intensas e mais espaçadas, o que proporciona janelas de tempo mais firme, favoráveis para os trabalhos no campo, embora o grosso da colheita aconteça ali em meados de fevereiro”, explica Desirée Brandt, meteorologista e sócia-executiva da Nottus Meteorologia.
A mudança no padrão de chuvas
Para o próximo mês, a expectativa é de que o corredor de umidade seja bem estabelecido desde a costa do Sudeste até a região Norte do Brasil. Essa chuva será diferente do que foi visto no Centro-Norte do Brasil no começo do mês, segundo a Nottus.
“Além de mudar o padrão da distribuição das chuvas, já que passa a chover no Centro-Sul, muda também a qualidade da chuva. Vimos nos últimos dias uma invernada, a chuva é sempre bem-vinda, mas quando ela vem em demasia, isso traz desafios como surgimento de doenças e dificuldades nos trabalhos de campo. Vamos ver uma volta das chuvas no Centro-Sul, mas uma acumulados intercalados com períodos de melhoria”, completa.
Essa dinâmica será benéfica para os trabalhos no campo, pois a chuva não será constante e a intensidade será moderada. Durante os períodos de melhoria, com janelas para o produtor rural realizar a colheita.
A temperatura, embora continue alta, deverá ser mais amena, reduzindo a sensação de calor extremo vistas nas semanas anteriores, especialmente nas regiões de interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O clima no começo de 2024
A primeira quinzena de janeiro ficou marcada por uma distribuição irregular das chuvas no país. As precipitações ficaram concentradas no Centro e Norte do Brasil, enquanto áreas do Centro-Sul, especialmente do interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul, conviveram com a escassez de acumulados.
“Esse é o efeito gangorra. À medida que temos uma concentração das chuvas em áreas mais ao Norte, ficam faltando acumulados para a metade Sul do país, além das temperaturas que seguem bem elevadas”.