Semana de trabalho de 4 dias: “Não é sobre trabalhar menos, mas de forma mais eficiente”, diz CEO da Winnin
O que você faria com um dia a mais na sua semana? Ter mais tempo livre e uma rotina não tão consumida pelo trabalho é o desejo de muitos profissionais. Uma semana de trabalho de quatro dias pode ser a solução ao final desse túnel.
No mês passado, essa vontade se tornou realidade para milhares de trabalhadores do Reino Unido. Parte dos britânicos começaram a experimentar o maior teste do tipo: eles recebem 100% do salário por trabalharem 80% da semana habitual.
No Brasil, essa já é uma realidade para muitos profissionais. Por enquanto, a mudança tem sido adotada mais em companhias de tecnologia, como Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e Eva Benefícios.
Eficiência, felicidade e qualidade
A Winnin, plataforma que mapeia o consumo de vídeos on-line e ajuda marcas do mundo todo a criarem conteúdos relevantes baseados em dados, é adepta a semana de quatro dias a quase um ano.
Como precursora a empresa foi sentido o efeito da medida ao longo dos meses como conta o CEO e co-fundador da marca, Gian Martinez. Ele defende que a iniciativa “não é sobre trabalhar menos, mas (trabalhar ) de forma mais eficiente”.
De maneira geral, os dois grandes impactos para o negócio foram o aumento da eficiência e algo que Martinez define como “parar de gastar tempo com coisas que tinham baixo valor agregado”.
Para os colaboradores, o resultado está na felicidade e qualidade, “o time tem tido mais tempo para investir na educação e desenvolvimento”. Esse progresso é visto tanto no pessoal quanto no profissional algo que, para o CEO, já dá retornos para a empresa.
Menos dias trabalhando e mais foco
“Hoje somos uma empresa melhor”, afirma Martinez, acrescentando que a companhia está mais focada, pois com a adoção da semana de quatro dias foi possível rever questões estruturais, “vimos que muitas áreas estavam com mais pessoas do que precisava”.
Para ele, o modelo remoto ajudou a conquistar esses resultados positivos, principalmente, na produtividade. “Hoje presencial não existe mais para a gente”, diz o CEO.
Dentro do negócio foi especialmente avaliado as metas e como as pessoas organizam a vida para adotar essa iniciativa. “Estávamos percebendo a questão da saúde mental. Foi um impacto direto e positivo”.
O importante é bater metas
A eficiência é ponto central para a semana de trabalho de quatro dias, refletindo em uma mudança de mentalidade, como aponta o executivo da Winnin.
Para a empresa, a reformulação de algumas rotinas foi fundamental. Reuniões que poderiam ser e-mails diminuíram e agora elas têm, no máximo, 30 minutos. A comunicação e os objetivos também foram revistos, com maior integração entre as áreas, pois “o importante é bater metas”.
O futuro do trabalho
Em tempos de trabalho flexível e sexta curta, Martinez considera a semana de trabalho reduzida como uma evolução dessas iniciativas.
O consolidado modelo atual, de jornada de cinco dias, é pautado nas fábricas e teve como pioneiro o norte-americano Henry Ford.
“Hoje como boa parte das empresas tem a produção pautada no intelectual isso [a semana tradicional de cinco dias] passou. […] A mudança vai acontecer e é constante”, considera o CEO que vê uma evolução e adaptação do trabalho para a nova forma de viver.
Além disso, a pandemia da Covid-19, para ele, chacoalhou as estruturas, forçando a testar outros modelos e a pensar “por que não?”
Olhando para frente, Martinez acredita que o “futuro do trabalho vai ser remoto, flexível e priorizar mecanismos ligados a criatividade e a parte intelectual”.
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