Semana de resultados: É hora de comprar Méliuz (CASH3), Rede D’Or (RDOR3) e Aliansce (ALSO3)?
O Méliuz (CASH3) registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 34,3 milhões em 2021, revertendo o lucro de R$ 19,6 milhões registrado em 2020.
A receita líquida da companhia ficou em R$ 263,5 milhões no ano, representando um salto de 110% em relação a 2020. Do montante total, R$ 97,7 milhões se referem ao quarto trimestre.
Da receita total de 2021, R$ 235,6 milhões são derivados das operações no Brasil (shopping, serviços financeiros, Melhor Plano, Promobit, iDinheiro e Alter).
No entanto, o mercado não reagiu bem ao Ebitda negativo, que foi de quase R$ 35 milhões, e as ações da companhia tiveram o pior resultado do Ibovespa nesta quinta-feira (31), caindo 5,54%.
Para Bruno Guimarães, especialista em renda variável da Vítreo, como toda empresa de tecnologia, o negócio está focado no longo prazo, o papel também está precificado para o longo prazo e será mais caro.
Por isso, a recomendação é de compra, porém, “o investidor tem que estar ciente que ele está investindo em um business de longuíssimo prazo”.
“Hoje, a ideia dele não é entregar lucro. Se houver algum estresse de curto prazo, o estresse vai ser alto”, diz Guimarães.
A Rede D’Or (RDOR3) registrou um avanço de 24% no Ebitda da empresa na comparação anual, totalizando R$ 1,26 bilhão.
Já a receita líquida atingiu mais de 5 bilhões no quarto trimestre, expansão de 23% sobre 2020 e um crescimento de 38,5% no lucro líquido do período ante o quarto trimestre de 2020, a R$ 419,5 milhões.
Guimarães descreve a empresa como sólida dentro de um ramo caro, com períodos de sazonalidade, principalmente no Brasil devido à importância dos planos de saúde, e lembra que a empresa planeja pagamentos de dividendos no futuro, o que pode chamar a atenção do investidor.
“Eu vejo o preço das ações muito atrativo pelo tamanho da empresa, e é uma queridinha de muita casa de research”, diz o analista.
A Aliansce Sonae (ALSO3) informou nesta terça-feira (29) que o lucro líquido do quarto trimestre cresceu 22 vezes na base anual, para R$ 115,7 milhões.
A margem líquida evoluiu de 2,4% para 41,7% em um ano, enquanto a receita saltou 26,2%, para R$ 277,6 milhões. O Ebitda ajustado cresceu 49,6%, para R$ 227,1 milhões e a margem aumentou de 69,1% para 81,8%, de acordo com a companhia.
No 4T21, as vendas da Aliansce Sonae somaram R$ 3,4 bilhões, atingindo o patamar de 101% em relação ao mesmo período de 2019. A receita de aluguel do 4T21 foi de R$247 milhões, um crescimento de dois dígitos pela primeira vez desde o início da pandemia.
O especialista informa que tem muita oportunidade no setor, principalmente para a Aliansce Sonae, que está tentando fazer a aquisição no Cade com a brMalls (BRML3), o que agradaria bastante os investidores da empresa, porque traria mais liquidez e fluxo de caixa.