Semana de 4 dias: Passou da hora de uma redução de jornada? ‘Economia suportaria’, diz ministro do trabalho

O tema redução de jornada de trabalho é um assunto antigo que vem sendo discutindo em todo o mundo e o Brasil não está de fora do debate. A Comissão de Direitos Humanos do Senado abordou o tema nesta semana.

Na ocasião, o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que já “passou da hora” dessa discussão ser realizada no Brasil. Marinho destacou que este não é um debate apenas de Governo, mas de sociedade.

“É preciso se movimentar em relação a isso, para que o Congresso possa refletir, avaliar e tomar a decisão, se é hora de fazer uma nova regulagem de jornada. Eu, particularmente, acredito que passou da hora, acredito sinceramente”.

O ministro deixou claro que a afirmação não vem do Governo, se tratando apenas de uma opinião própria, que não foi conversada com o presidente Lula.

Contudo, Marinho destacou que com certeza o presidente não bloquearia um debate onde “a sociedade reivindicasse que o parlamento analisasse a possibilidade de redução de jornada de trabalho, sem redução de salário, evidentemente. Até porque eu acho que a economia brasileira suportaria”.

• IPCA sobe em setembro: Onde apostar na renda fixa agora? Saiba mais no Giro do Mercado desta quarta-feira (11), clique aqui e assista.

Semana de 4 dias, para menos

O ministro destacou que alguns debates estão acontecendo, de experimentos para começar a pensar na possibilidade de uma semana de 4 a 3 dias. Marinho disse ainda que a tecnologia abre margem para essa possibilidade.

Leia também

Brasil

PF indicia Bolsonaro por golpe de Estado

Empresas

JBS (JBSS3): Eleição de Trump pode dificultar listagem em NY? Analistas enxergam outros obstáculos no processo

“Se tem um debate sobre as tecnologias, a inteligência artificial, plataformas, gamelização. É necessário que pensem na jornada. Aliás, quando falaram em tecnologia, eu imaginava que ela viria em benefício do conjunto da sociedade. Você trabalhar menos, e esse conhecimento ser distribuído para a sociedade como um todo”.

E completou “mas observamos, que ela também é apropriada por poucos, para aumentar a exploração. É contraditório. Nós precisamos que todas as tecnologias venham, todas as inovações venham, em benefício do conjunto da sociedade, e não em benefício econômico de poucos”.

Por fim, o ministro reforçou que sim, acredita que passou da hora do tema ser discutido e o “palco” para esse debate é o Congresso Nacional.

Confira a fala, por volta de 1:09:00