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Semana de 3 dias úteis: Petróleo em alta, a taxa da Netflix, as empresas mais odiadas dos EUA e outros destaques do dia

05 jun 2023, 8:22 - atualizado em 05 jun 2023, 8:22
Petróleo
O petróleo opera em alta hoje após a Arábia Saudita anunciar que vai cortar a produção da commodity. (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

Que ano, não? E ainda estamos quase na metade dele com a chegada de junho. A agenda da primeira semana do mês já começa com os investidores em marcha lenta, de olho na pausa para o feriado de Corpus Christi na quinta-feira (8).

O acordo para o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos já foi solucionado, o que ajuda na descompressão dos índices internacionais e dá certa calmaria à maré das bolsas.

No entanto, a Arábia Saudita anunciou, no fim de semana, que vai cortar a produção de petróleo em um milhão de barris, o que faz a principal commodity energética do mundo disparar nesta segunda-feira (5).

Para os três dias restantes de pregão local, a morosidade deve imperar até a véspera do feriado — pelo menos, se tudo seguir como manda o roteiro dos próximos dias.

Logo na segunda-feira os investidores acordam já precisando digerir os dados de atividade econômica da China. O PMI (índice de gerente de compras, na sigla em inglês) de Serviços no país subiu de 56,4 em abril para 57,1 em maio.

As últimas leituras de atividade econômica da China vinham decepcionando os analistas e investidores, com sinais de que a segunda maior economia do mundo poderia estar perdendo o fôlego da retomada após a pior fase da pandemia de covid-19. 

Assim, uma relativa melhora dos indicadores pode ajudar nos mercados nacionais, tendo em vista que o país é o maior parceiro comercial do Brasil. 

No mesmo dia, os PMIs da Zona do Euro e dos Estados Unidos devem dar um panorama geral da saúde das maiores economias do planeta. A pergunta que toma o centro do debate — se o mundo entrará em uma recessão — segue como um grande ponto de interrogação.

Sem grandes destaques na terça-feira (6), a quarta-feira (7) é o prato cheio da semana. Véspera de feriado no Brasil, o dia deve ser de grande volatilidade para a bolsa local.

Não apenas porque os investidores começam a trocar as gravatas pelos confortáveis suéteres — a saber, a previsão é de relativo frio na cidade de São Paulo, sede da B3 —, mas porque também é dia da divulgação do IPCA de abril.

Na última leitura da prévia da inflação, o IPCA-15 avançou 0,51%, abaixo das expectativas do mercado, e acumula alta de 4,07% no período de 12 meses.

Os dados devem voltar a reduzir o ritmo inflacionário, o que pode abrir espaço para que o Banco Central corte os juros na próxima reunião — que acontece duas semanas para frente, entre 20 e 21 de junho.

Sem mais destaques de quarta-feira em diante, os investidores devem acompanhar a votação das pautas que rondam o Congresso brasileiro.

O mercado aguarda novidades sobre o andamento da reforma tributária e do arcabouço fiscal nas Casas Legislativas.

Para ficar por dentro de tudo que movimenta os próximos dias, acompanhe o nosso ao vivo de mercados com as principais notícias que mexem com os seus investimentos.

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O que você precisa saber hoje

DESORDEM NO CARTEL
Cotação do petróleo tem forte alta com anúncio de corte unilateral de produção pela Arábia Saudita.
 Contratos de referência sobem mais de 2% depois de a Arábia Saudita prometer uma redução de 1 milhão de barris de óleo por dia a partir de julho.

AS MELHORES DO MÊS
Itaú Top 5 é a melhor carteira recomendada de ações de maio, batendo o Ibovespa com folga.
 Carteira recomendada do Itaú teve alta de 9,77% no mês, ante um ganho de 3,74% do principal índice da B3, segundo o ranking da Grana Capital. Veja a lista.

URSOS À SOLTA
Apostas na queda do principal índice de ações americano estão no maior nível desde 2007, diz levantamento. Puxada por apenas sete big techs, a alta do S&P 500 é considerada frágil pelo mercado, que mantém grandes posições vendidas no índice.

ACABOU O AMOR?
Netflix pode cobrar pelo compartilhamento de senhas? Especialistas veem problemas na conduta da empresa. 
Advogados e a Anatel consideram pouco claras as regras para a cobrança de R$ 12,90 por ponto extra anunciada pela plataforma de streaming no fim de maio.

REPUTAÇÃO EMPRESARIAL
As 7 empresas mais odiadas dos Estados Unidos: negócios de Donald Trump e Elon Musk estão entre elas.
 Três redes sociais, uma corretora cripto falida e o grupo empresarial do ex-presidente americano estão entre as empresas com menor reputação junto ao público.

Um forte abraço e boa semana!