Sem pasto e precisando comer mais que boi, vaca sente pressão maior dos compradores
Já existe uma preocupação mais acentuada entre pecuaristas com as condições das pastagens bem mais secas e isso se reflete mais para aqueles que possuem vacas para vender. As fêmeas precisam de mais alimento que os bois para ganho de peso.
Com pouco capim, perdem rendimento de carcaça, já menor por natureza. Com suplementação, o produtor drena seu ganho porque gasta mais com ração e ureia para um animal menos valorizado que o boi.
E com o mercado comprador apertando, o jeito é “investir ou vender”, como diz o pecuarista Juca Alves, de Barretos.
Mas muito pequenos não estão conseguindo bancar o custo da suplementação, daí que tem confinador, também no Norte de São Paulo, esperando se aproveitar desse momento, e por isso pede reserva de seu nome.
Ele está pagando a vaca magra no máximo R$ 3,2 mil. Se tiver muito ruim, desce aos R$ 2,7 mil.
Longe do que Alves tem visto alguns produtores mantendo a queda de braço, em até R$ 4,5 mil a vaca “mais carcaçuda”, ou R$ 4 mil no piso de baixo.
Para as vacas gordas, os compradores também estão mais resistentes. O produtor de Barretos conseguiu vender três caminhões (um por semana) a R$ 300 a @, peso vivo, e ainda restam 30 fêmeas do último lote.
“Mas tenho conseguido mais nos marchands, porque os frigoríficos maiores estão matando no peso, inventando doenças e um monte de obstáculos”.