Sem Lula e com reformista, Bolsa deve buscar os 110 mil pontos, diz BTG

O rali visto no início de 2018, que já chega a 9,5%, deve continuar após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana e abrir espaço para que o Ibovespa alcance os 110 mil pontos, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (25) e obtido pelo Money Times.

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Eles ressaltam que Lula ainda poderá se registrar como candidato no TSE, mas dificilmente poderá seguir como alternativa oficial. “Os mercados provavelmente continuarão o rali uma vez que a decisão unânime limita consideravelmente o número de estratégias legais que a defesa do ex-presidente pode usar”, explicam os analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira.

Ibovespa

“Mesmo depois do recente rali, continuamos otimistas com as ações brasileiras”, destacam Sequeira e Teixeira. Os analistas ressaltam quatro principais condições que sustentam esta visão:

1 – A retomada da economia pode ser mais forte do que a inicialmente prevista, abrindo espaço para apoiar um crescimento de 18% dos lucros das empresas em 2018;

2 – A alocação para as ações brasileiras ainda está em níveis historicamente baixos;

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3 – A antecipada precificação pelo mercado de um cenário sem reformas em 2018;

4 – Apesar de não ser mais uma barganha, o BTG ainda observa um potencial de valorização para a Bolsa.

“Dito isso, as eleições presidenciais do Brasil podem trazer uma maior volatilidade para os mercados, pois o resultado pode causar mudanças radicais nas políticas econômicas. Indubitavelmente, a falta atual de um claro candidato para a centro-direita, pró-reformas, aumenta a incerteza”, pontuam os analistas.

110 mil pontos

Ao avaliar que Lula deixa de ser uma barreira para um candidato com uma visão mais reformista, as estimativas para o Ibovespa também podem ser revistas para cima.

O BTG Pactual calcula que em um cenário de taxas de juros reais a 3% e crescimento econômico de 3% por um período maior, possível com um presidente alinhado às reformas fiscais, o índice poderia buscar o nível dos 110 mil pontos.

“A eleição de um presidente reformista nas próximas eleições presidenciais poderia apontar nessa direção”, ressalta o banco.