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Sem IPO, Smart Fit bomba capital de giro com emissão de dívida

05 abr 2019, 12:48 - atualizado em 05 abr 2019, 13:00
Expansão da rede de academias de baixo custo fundamenta otimismo da Fitch

A Fitch atribuiu classificação A(bra)’ à proposta de quarta emissão de debêntures da Bio Ritmo Smart Fit, no montante de até R$ 1,34 bilhão. A emissão será realizada em quatro séries, com vencimento final em abril de 2025, e terá como principal motivo o reforço do capital de giro.

Para os analistas Renato Donatti e Leonardo Coutinho, os ratings da companhia refletem o seu “forte posicionamento na fragmentada indústria de fitness de baixo custo na América Latina, apoiado na escala de suas operações, na marca forte e consolidada no setor, no modelo de negócios que tem se mostrado anticíclico e no baixo tíquete médio, que é um fator-chave para a retenção e expansão no número de alunos a médio e longo prazos”.

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A agência de classificação de risco ressalta os fatores como positivos para operação em indústria com barreiras de entrada limitadas, ao atuarem como vantagens competitivas importantes frente os pares com operações similares.

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Por outro lado, “a expectativa de geração de fluxos de caixa livres (FCFs) negativos nos próximos quatro anos o estágio de negócios em forte expansão, que ainda impõe desafios operacionais e financeiros à companhia, permanecem como fatores que limitam as classificações”.

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Perspectiva positiva

A perspectiva do rating corporativo da Bio Ritmo Smart Fit é positiva, por refletir a força do modelo de negócios após consolidação das operações na América Latina, que inclui rede relevante de academias no México, Chile e Colômbia. Além disso, a manutenção esperada da alta liquidez durante o ciclo de investimento fundamenta o otimismo.

“Mesmo com o agressivo plano de crescimento, que consiste na abertura de 254 unidades de 2019 a 2021 e que deve consumir em torno de R$ 1,8 bilhão em expansão e manutenção das unidades atuais, a Fitch projeta alavancagem líquida ajustada em patamar moderado, com pico de 3,7 vezes em 2019 e tendência de redução nos próximos anos”.

Crescimento orgânico a tona

A Fitch projeta cenário-base com aumento médio anual de tíquete acima da inflação – de 5,6% – e crescimento médio anual de 14% no número de alunos até 2021, possuindo como referência o total de 1,6 milhão de alunos no final de 2018.

Por fim, os analistas ressaltam positivamente a projeção de abertura de nada menos que 84 academias próprias na América Latina em 2019, seguidas por inauguração de 85 unidades em 2020.

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