Sem Huck e com Dória perdendo fôlego, 2018 começa a parecer 2002, diz Pulso Público
A negativa de Luciano Huck em disputar as eleições de 2018 e a perda de fôlego de João Dória como um candidato viável, ao menos no PSDB, vai tornando o cenário do ano que vem mais parecido ao visto em 2002, avalia a consultoria política Pulso Público em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (27).
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“Dadas as dúvidas sobre a negativa pública de Huck, o cenário para 2018 continua incerto quanto ao nível de coordenação partidária a ser verificado, embora sua saída somada à perda de fôlego de Dória façam o cenário convergir para algo mais distante de 1989, com a multiplicidade de candidaturas, e mais próximo ao de 2002, quando PT e PSDB conseguiram manter a hegemonia na disputa presidencial, em que pese a concorrência de candidatos fortes fora deste círculo”, revela a análise.
Segundo a Pulso, com o cenário pré-eleitoral cada vez mais central no noticiário político, os atores políticos retomam os trabalhos legislativos atentos às possíveis ações do Planalto para coordenar e mobilizar a base governista com vistas à retomada da agenda econômica prioritária.
“Na arena legislativa, mesmo em um cenário de contração fiscal, o Governo Temer tem encontrado espaço para produzir políticas públicas distributivas, voltadas para grupos que compõem sua base de apoio político”, aponta o relatório.
Desta forma, a atenção nesta semana estará voltada para temas como segurança pública e políticas de regulação sobre a exploração de recursos minerais.
“A possibilidade de retomada da reforma da previdência, considerada prioritária pelo núcleo econômico do Governo, continua limitada pelo elevado quórum para as modificações propostas e a sua impopularidade para os candidatos e partidos mais expostos à competição nacional”, pontua a Pulso Público.