Sem efeito janeiro, bolsas repercutem as decisões sobre juros nos EUA e Brasil durante a Super Quarta; confira essas e outras notícias que mexem com o seu bolso hoje
O “efeito janeiro” ocupa o panteão mítico dos investidores. Divide o espaço com o “rali de fim de ano”, o “sell in May and go away” e outras situações recorrentes, mas que não devem ser dadas como certas.
É fato que os mercados financeiros tendem à valorização no começo do ano. O chamado efeito janeiro é atribuído à recomposição das carteiras pelos investidores estrangeiros.
Eles costumam aproveitar a virada de ano para se desfazer de posições perdedoras e assumir novos riscos. É mais comum em Wall Street e frequentemente respinga no Ibovespa.
De qualquer modo, o efeito janeiro não acontece do nada. E, pelo menos no caso do Ibovespa, as condições de mercado neste início de 2024 melaram o rolê.
Embora tenha fechado em alta de 0,28% ontem, o Ibovespa acumulou queda de 4,79% em janeiro.
O saldo mensal cai como água fria na fervura do rali que levou a bolsa brasileira a novos recordes no fim de 2023.
O sempre meticuloso levantamento da repórter Julia Wiltgen mostra que o Ibovespa foi o segundo pior investimento de janeiro de 2024. Perdeu apenas para o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045.
Já o topo do ranking mensal em termos de retorno coube ao bitcoin.
Aqui você confere a lista completa dos melhores e dos piores investimentos de janeiro.
Enquanto isso, os investidores entram em fevereiro repercutindo a primeira Super Quarta do ano.
Ao manter o nível dos juros nos Estados Unidos, o Fed sinalizou que não tem planos de antecipar para março o início de um ciclo de alívio monetário.
Na verdade, o Fed foi bem vago e os investidores vão ter que esperar um mais pouco para saber se os juros começarão a cair a partir de maio ou além.
Por aqui, o Copom se ateve ao plano de voo, cortou a taxa Selic para 11,25% ao ano e antecipou que manterá o ritmo de cortes de 50 pontos-base nas próximas reuniões. Quase um copy/paste do comunicado da reunião anterior.
O que você precisa saber hoje
DECISÃO DO COPOM
A Selic cai mais meio ponto e vai a 11,25% ao ano, mas o BC de Campos Neto não deve acelerar cortes de juros tão cedo. A nova redução, aprovada de maneira unânime pelos dirigentes do Banco Central, é a primeira de 2024 e marca o quinto corte consecutivo dos juros.
A PERGUNTA DO MILHÃO
Powell responde: o que o maior banco central do mundo precisa ver para começar a cortar os juros nos EUA. O Fed manteve a taxa de juros como amplamente esperado, mas um comunicado duro derrubou as bolsas em Nova York e deixou a dúvida sobre o que falta para o ciclo de afrouxamento monetário começar por lá.
RETORNO MENOR
Quanto rendem R$ 10 mil na poupança, no Tesouro Direto e em CDB com a Selic em 11,25%? O Banco Central cortou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta; veja como a rentabilidade dos investimentos conservadores deve reagir.
TIRA CASACO, BOTA CASACO
Agora vai? Priner (PRNR3) lança outra oferta de ações na B3 — mas novo follow-on vem ainda menor que antes. A operação poderá chegar até R$ 199,9 milhões se houver demanda dos investidores, mas o montante ainda estaria abaixo do previsto na oferta anterior.