Sem data prevista: Sabatina de Gabriel Galípolo não deve acontecer na próxima semana

O atual diretor de Política Monetária Gabriel Galípolo é o indicado do governo para substituir Campos Neto na presidência do Banco Central a partir de 2025 (Imagem: Lula Marques/ Agência Brasil/Distribuição via REUTERS)

Quase uma semana após a confirmação da indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, a data para a sabatina no Senado Federal ainda não foi definida — frustrando as expectativas, principalmente, do governo.

Nesta terça-feira (3), o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), afirmou que a sabatina de Galípolo não ocorrerá no próximo terça-feira, 10 de setembro.

“Ela (sabatina) não será realizada no próximo dia 10, gostaria de comunicar isso”, disse Vanderlan a jornalistas, ao final da reunião do colegiado.

Vale lembrar que o nome de Galípolo precisa passar pelo crivo dos senadores para então assumir o cargo em janeiro de 2025. No dia da indicação, a Secretaria de Relações Institucionais informou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, marcaria a sabatina para a semana do dia 9 de setembro.

O governo queria ter o nome confirmado pelo Senado antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nos dias 17 e 18.

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Galípolo no BC e o impasse no Senado

Ontem (2), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que Galípolo seria sabatinado pelo senadores no próximo dia 10.

Segundo Padilha, a data já estava pré-acertada com o presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), à medida que o governo trabalhava para confirmar o dia.

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“Vamos fazer esse périplo agora e nossa expectativa é que possamos ter a sabatina na próxima semana. Já foi indicado como relator na CAE o próprio líder do governo no Senado, ele está pronto para apresentar esse relatório, e expectativa é que se possa construir condições para que a sabatina aconteça na próxima semana”, disse Padilha.

Mas a declaração não confirmada por Cardoso nesta terça-feira (3).

Um dos motivos para impasse da data é o “recesso branco” do Congresso, devido às eleições municipais.

Com o período de ‘trabalhos reduzidos’ em Brasília, o governo não tem ainda uma data para a votação no plenário do Senado.

Segundo Padilha, a intenção é esperar um momento em que a Casa esteja com quórum garantido — o que, se não acontecer na semana que vem, deve se dar apenas em outubro, depois das eleições, quando o Congresso volta ao trabalho normal.

Galípolo, por sua vez, deve começar as visitas aos líderes no Senado e aos senadores membros da CAE nesta semana.

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*Com informações de Reuters