Sem chuva, próxima safra de citrus no mínimo vai “despiorar” sobre a recém-concluída
A quebra recorde confirmada da safra de laranja, batendo todas as anteriores desde 1988, segundo a Fundecitrus, pode ter reflexos no ciclo 21/22. Se não atingir a redução de 30,5%, da 20/21, no mínimo vai “despiorar”.
As esperanças de reversão do quadro estão depositadas nas chuvas de abril e maio sobre o Cinturão Cítricola, que pega o maior produtor nacional de laranja, São Paulo, e um parte das lavouras mineiras.
Mesmo o melhor otimismo do consultor da Agriplannig e produtor, Maurício Mendes, que estabelece este período crítico para alguma recuperação dos pomares, não encontra eco nos mapas meteorológicos.
A precipitação está comprometida neste segundo trimestre, segundo, entre outros, Paulo Sentelhas, da cadeira de agrometeorologia da Esalq/USP.
Já no meio de março, Mendes lembrou ao Money Times que a seca que se abateu sobre os laranjais desta safra, durante boa parte de 2020, é a mesma que prejudicou os “chumbinhos” das laranjas que vão se colhidas na próxima safra.
“Sem chuvas, sim, vai ser uma outra safra ruim”.