Sem boi de safra agora, na vizinha entressafra ficará pior. Rebanho curto dará preços acima do normal
A acentuada falta de boi em um período em que a safra de verão deveria estar provendo a oferta, carrega um diferencial para a entressafra deste ano.
Quando o tempo ficar mais frio e as chuvas param, secando os pastos, a partir de maio, proporcionando um valor tradicionalmente superior da @, em 2021 o animal poderá estar mais caro do que já estaria.
O sintoma maior é o rebanho nacional mais curto. Fêmeas retidas para cria e bezerro caro tiraram volume de gado das fazendas.
E muita gente acredita que a diminuição no número de abates, em 2020, de 8,5%, chegando a 29,7 milhões de cabeças processadas, segundo dados do IBGE, foi bem mais elevada.
Como o produtor Juca Alves, de Barretos, que verifica, no Norte de São Paulo e região do Triângulo Mineiro, pastos mais vazios do que o normal.
“Não fosse o mercado doméstico segurando, a @ iria para os R$ 350”, acredita.
Pelo Cepea, de segunda, o preço em São Paulo alcançou os R$ 317, por exemplo.
Alves também não vê oferta suficiente para atender as exportações, que subiram em março para volumes recordes para o mês, e está fazendo os confinadores “rodarem atrás de boi magro”, outro animal raro na praça.