SelicBet, o desfecho
Na semana passada, os leitores desta newsletter foram apresentados a um tipo de aposta, (digo, derivativo), pouco popular entre os investidores comuns, mas já bastante usado entre os profissionais: as opções de Copom.
Recapitulando, essas opções são instrumentos que permitem apostar qual será a exata decisão do Banco Central em relação à taxa básica de juros em uma reunião. Funciona assim: se o investidor acredita que a taxa de juros vai cair 0,25 ponto percentual, ele compra a opção correspondente por um valor que equivale à probabilidade que o mercado atribui àquele número se concretizar. Se ele acerta, ganha, se erra, perde tudo. Tem mais detalhes aqui na CompoundLetter da semana passada.
Como você pode ter percebido, essa dinâmica é muito parecida com a das apostas esportivas, pela qual os brasileiros se apaixonaram — 22,8% das visitas às páginas de apostas no mundo em 2022 vieram do Brasil. Tendo em vista essa moda e esperando conseguir uns cliques a mais, apelidei esse derivativo de SelicBet.
Quando se fala em apostas e em opções, é natural que os olhos brilhem e pensemos na possibilidade de ganhar e multiplicar o capital, mas esse ciclo da Selic ensina muito sobre a volatilidade do mercado e sobre como suas expectativas podem mudar, às vezes da noite para o dia, às vezes em questão de minutos.
Veja o gráfico abaixo. Ele mostra a evolução dos preços — portanto das probabilidades — das opções de Copom para a reunião de ontem ao longo do mês de julho. A linha mais clara é a opção que precificava uma queda de 0,25 ponto percentual, e a mais escura a de 0,75 ponto.
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