Selic: Taxa de juros deve seguir em 13,75% até maio de 2023, avalia Genial
A taxa básica de juros brasileira deve permanecer no patamar de 13,75% ao ano — valor atual — até, pelo menos, maio de 2023, avalia a Genial Investimentos. A corretora explica que as incertezas fiscais são as responsáveis pela previsão da Selic.
Nos dias 20 e 21 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, se reúne para decidir os próximos passos da taxa. A dúvida é se ainda cabe um ajuste residual, de 0,25 pontos percentuais (p.p.), ou se os juros ficarão estacionados.
Por ora, as apostas do mercado estão divididas. Seja como for, o ciclo de aperto da taxa básica está perto do fim, o que deve ser confirmado no comunicado.
Na análise dos especialistas da Genial, devido ao efeito atrasado da política monetária — de três trimestres — sobre a economia real, “não há a necessidade de um novo aumento residual da Selic, visto que o seu efeito total, mais forte do que o observado nos ciclos anteriores, ainda não impactou a economia”.
Quanto ao primeiro corte dos juros, a Genial segue cética. A previsão do Relatório Focus, no entanto, é de que, até o final do ano que vem, a Selic volte para 11,25%.
Subir ou não subir a Selic, eis a questão
Como sinalizado na última ata do Copom, ficou para a reunião desta semana avaliar a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude. O objetivo é assegurar a convergência da taxa de juros para o redor da meta no horizonte relevante, explicam os especialistas daGenial.
Na análise da corretora, durante o período entre a última e a próxima reunião, foi observado um conjunto de informações atuando em ambas as direções — de aumento e fim do ciclo —, no que diz respeito à pressão sobre a dinâmica de preços da economia brasileira.
Por um lado, avaliam os especialistas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto registrou o segundo mês de deflação consecutivo, beneficiado pela moderação no preço dos combustíveis e das medidas de renúncia fiscal aprovadas no Congresso.
Além disso, o arrefecimento dos preços das commodities nos mercados internacionais, refletindo a política monetária mais contracionista nas principais economias e dos desafios enfrentados pela China, devem beneficiar a inflação de bens industriais nos próximos meses.
Já por outro lado, a aprovação de medidas que visavam estimular a economia não veio sem custos. “A deterioração do risco fiscal elevou as expectativas inflacionárias para horizontes mais longos no momento de sua aprovação”, afirmam.
As leituras do IPCA também mostram que as medidas subjacentes seguem bastante elevadas, sinalizando que a desinflação dos componentes mais persistentes exigirá uma política monetária contracionista por um período mais longo.
“Nossa avaliação é que o efeito líquido dos vetores que influenciam a dinâmica de preços está ligeiramente maior do que o observado na reunião anterior do Copom”, avaliam os analistas.
Calendário do Copom
O Banco Central já divulgou o calendário das reuniões do Copom que irão ocorrer em 2023. Ao todo, serão realizados oito encontros. Confira as datas:
- 31 de janeiro e 1º de fevereiro;
- 21 e 22 de março;
- 2 e 3 de maio;
- 20 e 21 junho;
- 1º e 2 de agosto;
- 19 e 20 de setembro;
- 31 de outubro e 1º de novembro;
- 12 e 13 de dezembro.
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