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Selic pode cair mais com Bolsonaro eleito e ir a 11,25%, prevê Levante

26 out 2022, 10:21 - atualizado em 26 out 2022, 11:02
Banco Central regulação criptomoedas
Selic deve permanecer em 13,75% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que ocorre às vésperas do segundo turno das eleições (Imagem: Agência Brasil)

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros é o “não evento” do dia. Afinal, apesar do fim da deflação, apontada ontem pela prévia do índice de preços ao consumidor (IPCA-15), a Selic deve permanecer em 13,75% nesta quarta-feira (26). 

Porém, uma vez que a reunião ocorre às vésperas do segundo turno das eleições, os investidores devem calibrar as apostas sobre os próximos passos do Banco Central, a depender do candidato vitorioso nas urnas no domingo (30)

Para os analistas Flávio Conde e Cauê Ribeiro, da Levante Investimentos, a expectativa é de que o juro básico tenha mais espaço para cair se o presidente Jair Bolsonaro (PL) for reeleito do que em um eventual terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Selic cai mais com inflação menor, sem Lula

Considerando-se as estimativas do boletim Focus do BC até meados deste mês, os analistas da Levante estimam que a taxa Selic pode recuar a 11,25% em um novo governo Bolsonaro. Isso porque a previsão para a inflação medida pelo IPCA deve permanecer abaixo de 5% no cenário à frente. 

“Inflação pode ser menor e os juros caírem mais”, resumem Conde e Ribeiro, na análise fundamentalista de outubro.

Já em um eventual novo governo petista, essa previsão para a inflação deve subir, reduzindo o espaço de queda do juro básico, para até 12,50%.

Dólar cai com Bolsonaro, mas sobe com Lula

Já em relação ao dólar, a Levante Investimentos prevê direções opostas. Enquanto a permanência de Bolsonaro na Presidência deve sustentar a moeda norte-americana na faixa de R$ 5,20; com Lula o dólar pode subir até R$ 5,50.

Ontem, o dólar subiu em “modo eleição” e fechou cotado acima de R$ 5,30, em meio à busca por proteção. Ao mesmo tempo, o rombo nas contas públicas com Bolsonaro tende a ser menor, se comparado ao aumento dos gastos que deve ser induzido pelo petista. 

“Maiores gastos, maior déficit fiscal, maior risco, dólar sobe mais”, avaliam os analistas, referindo-se a um cenário com Lula no governo.

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