De Selic aos balanços: Investidores se preparam para uma semana agitada; o que esperar do Ibovespa nesta segunda (3)
A semana promete fortes emoções para os investidores brasileiros. O principal destaque é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para quarta-feira (5), que definirá o rumo da taxa Selic.
O mercado espera que a taxa básica de juros seja mantida em 15%, no atual patamar de aperto monetário, enquanto investidores acompanham atentamente o comunicado oficial do Banco Central, que deve trazer pistas sobre o futuro do ciclo de juros no país.
Apesar da expectativa de estabilidade nesta reunião, há divergência entre analistas sobre o início do afrouxamento monetário. Parte do mercado aposta em um corte já em janeiro de 2026, apoiada na trajetória mais favorável da inflação, enquanto outros defendem que o Banco Central pode adiar o início do relaxamento para o final do primeiro trimestre do próximo ano, adotando uma postura mais cautelosa diante de incertezas econômicas.
Além disso, a semana será intensa na temporada de balanços do terceiro trimestre (3T25), com destaque para grandes companhias de diferentes setores. Nesta segunda-feira (3), os investidores acompanham os resultados de BB Seguridade (BBSE3), Tim (TIMS3), Copasa (CSMG3) e Pague Menos (PGMN3), que divulgam seus números após o fechamento do mercado. Na terça (4), o foco se volta para a Embraer (EMBR3), Klabin (KLBN11), GPA (PCAR3), Itaú Unibanco (ITUB4), Prio (PRIO3) e RD Saúde (RADL3).
A agenda continua movimentada na quarta-feira (5), com resultados de empresas como Eletrobras (ELET3), Engie Brasil (EGIE3), Minerva (BEEF3), Petz (PETZ3) e Totvs (TOTS3). Já na quinta (6), a atenção do mercado se volta para gigantes como Petrobras (PETR4), Lojas Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3), Suzano (SUZB3) e Smart Fit (SMFT3)s. A semana se encerra na sexta-feira (7), com os números de M. Dias Branco (MDIA3).
Com o fim do horário de verão no hemisfério Norte, o pregão da B3 passa a encerrar às 17h55, ajustando-se à nova diferença de fuso em relação aos mercados internacionais.
- SAIBA MAIS: Descubra o que os especialistas do BTG estão indicando agora: O Money Times reuniu os principais relatórios em uma curadoria gratuita para você
Ibovespa
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) terminou em alta de 0,51%, aos 149.540,43 pontos. Foi a oitava sessão consecutiva de ganhos e sendo a quinta vez que o índice fecha em novo recorde nominal histórico. O maior nível de fechamento anterior foi registrado na véspera (30), aos 148.780,22 pontos.
Esse foi o 19º recorde do Ibovespa em 2025. Durante a sessão, o índice também renovou o recorde intradia aos 149,6 mil pontos.
Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 2,31%. Em outubro, a valorização foi de 2,26%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3803, com leve queda de 0,02%. Na semana, a divisa também teve saldo negativo, com recuo de 0,23%. Em outubro, o dólar à vista avançou 1,08% ante o real.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, sobe 0,32% no pré-market, cotado a US$ 31,27.
Mercados internacionais
Lá fora, os investidores repercutem as declarações do presidente Donald Trump sobre os chips mais avançados da Nvidia, da linha Blackwell. Ele afirmou que esses semicondutores serão destinados exclusivamente a empresas dos Estados Unidos, ficando fora do alcance da China e de outros países. As falas ocorreram poucos dias após o encontro de Trump com o líder chinês Xi Jinping, no qual ambos concordaram em estabelecer uma trégua comercial de um ano entre as duas maiores economias do mundo.
O republicano também indicou que não deve comparecer à audiência na Suprema Corte, marcada para esta semana, que discutirá a legalidade de suas tarifas comerciais globais. “Não quero chamar muita atenção para mim”, disse ele a repórteres. “A questão aqui não sou eu, e sim o nosso país.”
Nos mercados, as bolsas asiáticas fecharam em alta com o anúncio de que os EUA deverá suspender as taxas portuárias para navios ligados à China por um ano a partir da próxima semana, enquanto os principais índices europeus e os futuros de Nova York também avançam nas primeiras horas do pregão.
- Petróleo: Os preços do petróleo operam mistos nesta manhã, após a Opep+ elevar sua produção de petróleo em 137 mil barris por dia a partir de dezembro.
- Criptomoedas: Os principais criptoativos operam no negativo. O bitcoin (BTC) é negociado nos US$ 107 mil, apresentando uma queda de 3%. Já o ethereum (ETH) recua 4,3% e é negociado nos US$ 3.700.
Agenda: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
- 06h – Zona do euro – PMI industrial
- 08h00 – Brasil – IPC-S
- 08h25 – Brasil – Boletim Focus
- 11h45 – EUA – PMI industrial
- 21h30 – Japão – PMI industrial
Agenda – Lula
- A agenda do presidente não foi divulgada
Agenda – Fernando Haddad
- A agenda do ministro não foi divulgada
Agenda – Gabriel Galípolo
- 15h – Reunião com João Augusto Ribeiro Nardes, Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU)
Morning Times: Confira os mercados nesta manhã
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: Feriado
- Hong Kong/Hang Seng: +0,97%
- China/Xangai: +0,55%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: +0,06%
- Frankfurt/DAX: +0,08%
- Paris/CAC 40: +0,90%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +0,55%
- S&P 500: +0,37%
- Dow Jones: +0,18%
Commodities
- Petróleo/Brent: +0,02%, a US$ 64,78 o barril
- Petróleo/WTI: -0,05%, a US$ 60,96 o barril
- Minério de ferro: -1,82%, a US$ 109,88 a tonelada em Dalian
- Ouro: +0,43%, a 4.013,70 por onça-troy
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): -3%, a US$ 107.241
- Ethereum (ETH): -4,3%, a US$ 3.703,89