Selic já está perto de causar instabilidade em preços de ativos, diz ata do Copom
“Já estaríamos próximos do nível a partir do qual reduções adicionais na taxa de juros poderiam ser acompanhadas de instabilidade nos preços de ativos e potencialmente comprometer o desempenho de alguns mercados e setores econômicos”, diz a ata do Copom divulgada pelo Banco Central.
Veja, a seguir, os principais pontos da ata.
O Comitê também refletiu sobre a importância relativa dos componentes principais do custo de crédito, e ressaltou que o prêmio por liquidez parece prevalecer no momento |
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“Comitê concluiu que esse conjunto de fatores e questões prudenciais justificam cautela na condução da política monetária” |
Sobre atividade, BC diz que “a elevação abrupta da incerteza sobre a economia deve resultar em aumento da poupança precaucional e consequente redução significativa da demanda agregada” |
Mas pondera sobre o impacto dos programas de estímulo creditício e de recomposição de renda com potencial de recompor parte significativa da demanda agregada |
“Com isso, a recuperação da economia pode ser mais rápida que a sugerida no cenário base” |
Ata do Copom repetiu sinalizações do comunicado da semana passada, quando BC cortou a Selic para 2,25% e deixou a porta aberta para novo corte, ainda que menor |
Neste momento, o Comitê considera que a magnitude do estímulo monetário já implementado parece compatível com os impactos econômicos da pandemia da Covid-19, diz a ata |
Para as próximas reuniões, o Comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no grau de estímulo monetário será residual |