Economia

Selic: ‘Está chegando a hora de parar de reduzir os juros’, diz ex-BC Gustavo Franco

11 abr 2024, 15:55 - atualizado em 11 abr 2024, 16:00
SELIC juros
Copom pode reduzir ritmo de cortes da Selic, diz Gustavo Franco (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Para o ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Franco, o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de março deixou uma mensagem clara: está chegando a hora de parar de reduzir os juros, disse em carta mensal da corretora Rio Bravo. Esse, segundo ele, foi o “grande evento” do mês.

O ex-BC se refere ao modo como o Copom enunciou o futuro da taxa: “o comitê antevê uma redução na Selic semelhante na próxima reunião”. Agora, os membros não veem mais cortes “nas próximas” decisões, como nos comunicados anteriores.

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“O plural faz toda a diferença. O comitê cogitou expressamente ‘um ritmo mais lento de distensão monetária’ na direção do que designou como ‘taxa terminal’, aquela que vai encerrar esse ciclo de baixa”, afirmou.

Franco não espera que o BC puxe as rédeas já na reunião dos dias 7 e 8 de maio — quando espera mais uma redução de 0,50 ponto percentual (p.p.), levando os juros para 10,15% –, mas, sim, na seguinte. A outra decisão será tomada entre 18 e 19 de junho.

“O mês de março de 2024 testemunhou uma calmaria imensa, uma falta de assunto gritante, como se pode ver pelo debate sobre a gramática das atas do Copom. A monotonia também é perceptível quando as atenções se voltam para os bancos centrais do exterior, especialmente os de segunda linha”, disse.

O ciclo de afrouxamento da Selic

Na reunião passada, o Copom reduziu mais uma vez a Selic em 0,50 p.p. Com isso, a taxa básica de juros deixou o patamar de 11,25% e foi para 10,75% ao ano.

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Aquele foi o sexto corte na taxa após um rigoroso aperto da política monetária e quase um ano de manutenção no patamar de 13,75% ao ano.

O ciclo de aperto monetário do Banco Central começou em março de 2021 e seguiu até agosto de 2022, após 12 altas seguidas. Antes do início, a taxa estava estacionada em 2%, menor patamar histórico, desde agosto de 2020.

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