Money Times Explica

Selic em queda: Como juros do Fed impactam o Banco Central brasileiro

28 jul 2023, 9:00 - atualizado em 27 jul 2023, 15:44
Jerome Powell e Roberto Campos Neto, Fed, Banco Central
As decisões do banco central da maior economia do mundo não passam despercebidas pela autoridade brasileira. (Montagem: MoneyTimes)

O mercado entrou na temporada dos juros: nesta semana rolou a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Já na quarta-feira que vem (2), será a vez do Comitê de Política Monetária (Copom).

Lá nos Estados Unidos, o Federal Reserve elevou os juros em 0,25 ponto percentual, o que levou a taxa para o maior patamar em 22 anos, de 5,25% – 5,50%. Agora, as expectativas são em relação à reunião de setembro. O mercado aposta em uma pausa no ciclo de aperto monetário, com 78% dos economistas projetando isso, segundo os Fed Funds medido pelo CME FedWatch Tool.

No entanto, as decisões do banco central da maior economia do mundo não passam despercebidas pelo Banco Central do Brasil.

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Como as decisões do Fed interferem no Banco Central

Por aqui, o Banco Central deve promover o primeiro corte de juros após o ciclo de aperto monetário, que começou em março de 2021. Há quase um ano, a Selic está sendo mantida em 13,75%.

O maior problema entre esse desalinhamento dos bancos centrais – enquanto o brasileiro já pensa em afrouxamento, o americano ainda sugere que novas altas podem ser necessárias – é que os investidores podem virar as costas para o Brasil.

Basicamente, investir em um lugar com juros altos e que paga em dólar é mais atrativo que colocar o dinheiro em um país emergente. O lado positivo é que a melhora dos indicadores econômicos domésticos e a revisão para cima do rating brasileiro por parte da agência de classificação de risco Fitch podem impedir uma fuga mais intensa de capital.

Além disso, mudanças nos juros lá nos Estados Unidos impactam diretamente o dólar por aqui. Quando os investidores se voltam para o EUA, a tendência é de que o dólar se fortaleça, e câmbio mais alto é sinônimo de inflação do lado das importações e produção.

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