Morning Times

Selic em 14,25%? Copom entrega presente de Natal amargo para os investidores; o que esperar do Ibovespa nesta quinta (12)

12 dez 2024, 7:18 - atualizado em 12 dez 2024, 7:57
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Banco Central está preparado para reajustar a Selic em 1 pp pelas duas próximas reuniões, que acontecem em janeiro e março de 2025. (Imagem: Getty Images)

O Comitê de Política Monetária (Copom) bateu o martelo e elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual. Com isso, a Selic está no patamar de 12,25% ao ano.

Essa alta já estava prevista por parte do mercado, com a avaliação de que as projeções inflacionárias se deterioraram muito.

Agora, o que os investidores precisam digerir é o aviso de que o Banco Central está preparado para reajustar a Selic no mesmo patamar pelas duas próximas reuniões, que acontecem em janeiro e março de 2025. Ou seja, os juros vão saltar para 14,25% algo não visto nem durante o pós-pandemia, quando os juros chegaram a 13,75% e o mundo vivia um choque inflacionário.

“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, diz o comunicado do Copom.

Apesar do tiro de canhão do BC, os ativos podem reagir de forma positiva. Lá fora, o EWZ, também chamado Ibovespa em dólar, sobe 1,06% no pré-market.

O mercado também está acompanhando de perto a nova cirurgia pela qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido. A equipe médica informou que ele passará por embolização da artéria meníngea média agora de manhã.

A princípio, é um procedimento de baixo risco, com o objetivo de evitar possíveis sangramentos no futuro. Na terça-feira (10), o presidente passou por uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma na cabeça, em decorrência da queda que sofreu em outubro.

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) engatou a terceira consecutiva. O principal índice da bolsa brasileira subiu 1,06%, aos 129.593,31 pontos. Durante a sessão, o índice chegou a superar os 130 mil pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,9557 (-1,53%) — abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde o início de dezembro. 



O que esperar de Wall Street

Hoje saem os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de novembro nos Estados Unidos. Os números vêm depois da notícia de alta da inflação dos consumidores.

O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,3% no mês passado, a maior alta desde abril, depois de avançar 0,2% por quatro meses consecutivos. Nos 12 meses até novembro, o índice subiu 2,7%, de 2,6% em outubro.

Apesar da alta, o Federal Reserve deve manter o seu afrouxamento monetário, mas com o aviso de Jerome Powell de que o banco central americano pode ser criterioso com a trajetória futura dos cortes na taxa de juros.

Do lado do velho continente, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia a sua decisão sobre juros. A expectativa é de um corte de 0,25 pp.

As bolsas internacionais operam em alta, enquanto os futuros de Wall Street estão no negativo.

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (12)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: +1,21%
  • Hong Kong/Hang Seng: +1,20%
  • China/Xangai: +0,85%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: +0,15%
  • Frankfurt/DAX: +0,13%
  • Paris/CAC 40: +0,07%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: -0,28%
  • S&P 500: -0,18%
  • Dow Jones: -0,16%

Commodities

  • Petróleo/Brent: +0,20%, a US$ 73,67 o barril
  • Petróleo/WTI: +0,23%, a US$ 70,45 o barril
  • Minério de ferro: +1,25%, a US$ 111,85 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): +3,1%, a US$ 101.006
  • Ethereum (ETH): +5,3%, a US$ 3.898

Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!

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Editora
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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