Mercados

Selic em 12,25%: Como deve reagir o Ibovespa após corte?

01 nov 2023, 20:45 - atualizado em 02 nov 2023, 1:53
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Existia uma dúvida em relação às próximas reuniões, já que o governo está considerando alterar a meta fiscal, (Imagem: Metrópoles)

O Banco Central cortou a Taxa Básica de Juros em mais 0,5 ponto percentual, para 12,25%, como esperado amplamente pelo mercado.

Sem negociação amanhã devido ao feriado de 2 de novembro, o Ibovespa deve reagir de maneira positiva à ata e ao corte na próxima sexta-feira (03), coloca Anand Kishore, gestor de renda variável da Daycoval Asset.

“A decisão em si veio em linha com o esperado. Achamos que a ata veio um pouquinho mais suave do que se imaginava. Esperávamos que o BC iria pontuar um cenário fiscal pior, o que não aconteceu. Isso pode levar a uma reação um pouco mais positiva na curva de juros, o que pode impactar a bolsa de forma positiva”, explica.

Apesar disso, o gestor pontua que na sexta-feira, os Estados Unidos deverão informar a divulgação dos números de criação de vagas de trabalho, algo que pode fazer mais preço do que a própria Selic.

“Sexta-feira tem mais indicadores nos Estados Unidos, que possui impacto nos rendimentos do tesouro americano e que impactam as nossas taxas”, explica Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital.

Copom ‘ignora’ falas de Lula sobre fiscal

Existia uma dúvida em relação às próximas reuniões, já que o governo está considerando alterar a meta fiscal, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que “dificilmente” zeraria o déficit público. Parte do mercado passou a projetar cortes mais contidos, de 0,25 pp.

“Não fazia sentido acelerar o ritmo para 0,75 pp. Até porque as expectativas estão desancoradas para o ano que vem, as expectativas de uma inflação de 3,5% para 2024 e 2025, sendo que a meta é de 3%. Além disso, há uma deterioração fiscal nova no horizonte e um cenário conturbado lá fora”, afirma economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala.

O comunicado do Copom, por outro lado, reforçou que, se confirmando o cenário esperado, os dirigentes do Banco Central anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.

“O BC seguiu sinalizando corte de juros ao ritmo de 50bps para as reuniões seguintes, sem restringir o horizonte prospectivo para apenas uma reunião adicional, ao manter o plural do termo “nas próximas reuniões” no parágrafo sobre o futuro da política monetária”, apontam Étore Sanchez e Guilherme Sousa, da Ativa Investimentos.

Com Juliana Americo

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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