Selic em 12% ou 12,25%? Último Copom do ano divide apostas para alta de juros; veja o que esperar do Ibovespa (IBOV)
Nesta quarta-feira (11), acontece a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano e o encontro promete grandes emoções para o mercado.
O Banco Central deve seguir com os planos de elevar a taxa básica de juros. Até o começo da semana, as apostas apontavam para um reajuste de 0,75 ponto percentual, elevando a Selic para o patamar de 12% ao ano.
No entanto, uma parte do mercado não descarta um aperto mais rigoroso, de 1 pp — neste caso, a taxa de juros vai para 12,25%. O motivo é as expectativas de inflação para longo prazo, que estão altas por conta da incerteza sobre o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo no final de novembro.
O Relatório Focus desta semana registrou aumento das projeções para a inflação em 2024 e 2025 para 4,84% e 4,59%, respectivamente. As apostas para 2026 e 2027 também subiram para respectivos 4% e 3,58%.
Vale lembrar que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro registrou alta de 0,39% — uma desaceleração em relação à alta de 0,56% apurada em outubro. Mas o acumulado de 12 meses acelerou para 4,87%, se mantendo acima do teto da meta de inflação.
Além disso, essa é a última reunião de Roberto Campos Neto como presidente do BC. A partir de janeiro, o cargo passa para Gabriel Galípolo, que atualmente é Diretor de Política Monetária.
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No último pregão, o Ibovespa (IBOV) engatou a segunda alta consecutiva com expectativas na tramitação do pacote fiscal, enquanto as atenções ficaram dividas entre o quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro dia de reunião do Copom e dados de inflação de novembro.
O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,80%, aos 128.228,49 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 6,0480 (-0,57%).
O que esperar de Wall Street
Hoje também saem os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de novembro nos Estados Unidos. As projeções do Investing.com indicam uma ligeira alta na inflação americana.
No comparativo mensal, é esperado uma alta de 0,3%, ante os 0,2% registrados em outubro. Já no acumulado anual, deve ficar em 2,7%, pouco acima dos 2,6% do mês anterior.
Embora não seja o indicador inflacionário preferido do Federal Reserve, ele será um dos últimos dados antes da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de 2024 e ajuda entender o cenário econômico americano.
Os dirigentes do Fed se reúnem na semana que vem para definir os próximos passos do seu afrouxamento monetário. Por mais que as expectativas sejam de um novo corte, Jerome Powell afirmou em evento na semana passada que o Fed pode ser criterioso com a trajetória futura dos cortes na taxa de juros.
As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam mistos.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (11)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,01%
- Hong Kong/Hang Seng: -0,77%
- China/Xangai: +0,29%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,14%
- Frankfurt/DAX: +0,11%
- Paris/CAC 40: +0,06%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +0,20%
- S&P 500: +0,08%
- Dow Jones: -0,10%
Commodities
- Petróleo/Brent: +0,87%, a US$ 72,82 o barril
- Petróleo/WTI: +0,93%, a US$ 69,25 o barril
- Minério de ferro: -1,64%, a US$ 111,36 a tonelada em Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): +0,4%, a US$ 97.964
- Ethereum (ETH): -1,4%, a US$ 3.700
Boa quarta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!