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Selic em 11,75%: Até quando o Banco Central vai manter o ritmo de cortes de 0,50 pp?

08 dez 2023, 10:41 - atualizado em 08 dez 2023, 10:41
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Banco Central deve manter ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual, mas Campos Neto já fala em revisar os reajustes da Selic. (Imagem: Agência Brasil)

Na semana que vem, acontece a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2023. A decisão já está precificada pelo mercado: o Banco Central deve reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros para o patamar de 11,75%.

No entanto, a dúvida agora é até quando a autoridade deve manter esse ritmo de afrouxamento monetário. Vale lembrar que, desde que iniciou os cortes nos juros, em agosto, o Banco Central já realizou três reajustes de 0,50 pp.

“Com relação aos próximos passos, os membros do Comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, destacou a última ata do Copom, divulgada no mês passado.

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Selic: Mais dois cortes de 0,50 pp pela frente

Na terça-feira (5), o presidente Roberto Campos Neto alertou os mais otimistas de que o jogo da política monetária ainda não está ganho e há incertezas no ambiente.

“A gente tem de fato uma inflação que está convergindo para o que o Banco Central esperava. Nesse último número a inflação cheia veio um pouquinho acima, mas o qualitativo da inflação tem sido benigno, então a gente entende que, por ora, consegue seguir com esse espaço [para corte de juros]. O problema não é nem tanto o espaço, mas a incerteza”, disse durante um evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

Ou seja, Campos Neto já deixou o recado: o Banco Central pode rever o ritmo do afrouxamento monetário. No entanto, ele destacou que ainda vê espaço para cortes de 0,50 pp, mas lembra que isso é válido “sempre duas reuniões à frente”. Resumindo: até janeiro, a Selic deve ser reduzia a 11,25%.

Em relatório, o Itaú BBA aponta que a última ata do Copom transmitiu que os membros do comitê veem menos espaço para taxas cortes – em linha com as falas de Campos Neto. Além de destacar o cenário internacional particularmente incerto, o Banco Central também chama atenção para a reancoragem parcial das expectativas de inflação.

“Ajustamos nossas projeções para a taxa Selic, para 11,75% a.a. (de 11,50%) para o final de 2023 e para 9,50% (de 9,00%) para o final do ciclo em 2024”, diz o texto.

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