Selic deve se manter em 13,75%, enquanto Fed é uma incógnita: Veja o que movimenta a quarta-feira (22)
Chegou o dia da Super Quarta, quando as agendas do Federal Reserve e o Banco Central aqui no Brasil se alinham na decisão de política monetária.
Lá nos Estados Unidos, a dúvida é se o Fed vai manter ou ritmo de aperto monetário a dose de 0,25 ponto percentual (pp) ou se irá manter a taxa de juros do jeito que está. Um motivo para um eventual fim do ciclo de altas é o risco trazido pela crise bancária causada pela quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Credit Suisse.
Por aqui, a discussão já é outra: o mercado quer saber quando o Banco Central começará a cortar a Selic. A taxa de juros está estacionada no patamar de 13,75% ao ano desde agosto e a autoridade segue dizendo que as expectativas inflacionárias estão desancoradas e que o governo precisa apresentar mais compromisso com a responsabilidade fiscal.
Os mais otimistas apostam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deve começar a cortar os juros a partir de maio.
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Confira a agenda econômica desta quarta-feira (22)
Horário | País | Indicador |
04h | Reino Unido | Índice de Preços ao Consumidor (fevereiro) |
04h | Reino Unido | Índice de Preços ao Produtor (fevereiro) |
04h | Reino Unido | Índice de Preços no Varejo (fevereiro) |
15h | EUA | Decisão do Fomc |
15h30 | EUA | Jerome Powell – Coletiva de imprensa |
16h | Argentina | PIB 4T22 |
18h30 | Brasil | Decisão do Copom |
Política
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a Selic alta e a autonomia do Banco Central. Durante entrevista para o site Brasil 247, Lula disse que vai “continuar batendo” na autoridade monetária para reduzir taxa básica de juros.
“Uma coisa que eu acho absurda é a taxa de juros estar a 13,75%, num momento em que a gente tem o juro mais alto do mundo, num momento em que não existe uma crise de demanda, não existe excesso de demanda”, afirmou.
Ontem, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), centrais sindicais e movimentos populares realizaram um ato pedindo a saída de Roberto Campos Neto e redução da Selic.
Além disso, o grupo pedia a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Na semana passada, representantes de partidos de esquerda se reuniram em ato contra os juros altos. Na ocasião, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, voltou a criticar Campos Neto e disse que ele deveria renunciar ao cargo de chefe do Banco Central.
Hoje, porém, Lula tem compromissos no Nordeste.
Confira a agenda do presidente Lula desta quarta-feira (22)
Horário | Evento |
7h15-9h30 | Deslocamento para Paraíba |
11h | Cerimônia de lançamento do Complexo Renovável Neoenergia, em Campina Grande (PB) |
13h-13h20 | Deslocamento para Recife |
14h | Assinatura de Atos Alusivos à homologação do Acordo de Noronha, no Recife |
14h15 | Almoço oferecido pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra |
16h | Cerimônia de lançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Recriação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CONDRAF) |
19h-21h30 | Deslocamento para o Rio de Janeiro |