Copom e Fomc não devem soltar o freio; veja o que esperar das decisões de juros desta Super Quarta (31)
O Brasil e os Estados Unidos (EUA) decidem o futuro de seus respectivos juros nesta Super Quarta (31) e a expectativa é de que os Bancos Centrais de ambas as nações realizem a manutenção das taxas.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) anuncia sua decisão às 15h (horário de Brasília) e o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga após o fechamento do mercado brasileiro.
Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) deve manter os juros na faixa de 5,25% a 5,5%, mas, segundo a XP Investimentos, pode abrir as portas para o início do ciclo de cortes em breve.
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O CME FedWatch Tool, ferramenta que analisa a probabilidade de alteração nos juros, indica 88,7% de chances de um primeiro corte de 0,25 ponto percentual (p.p.) em setembro.
O mercado ainda espera mais dois cortes do mesmo patamar em outubro, com 60,6% de chances, e em dezembro, com 57%.
Os economistas da XP dizem que os dados mais benignos de inflação devem chamar a atenção do Comitê. O PCE, indicador favorito do Fed para medir a inflação norte-americana, subiu 0,1% em junho e 2,5% em um ano — mais próximo dos 2%, mas ainda acima da meta.
E a Selic?
No Brasil, a expectativa é de uma manutenção unânime da taxa Selic em 10,50%. No entanto, diferente dos EUA, o mercado espera uma comunicação mais dura, tendo em vista a piora dos principais condicionantes para a inflação prospectiva.
No último Relatório Focus, os economistas consultados pelo Banco Central elevaram mais uma vez as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 de 4% para 4,05%. Para 2025, a aposta é de 3,90%.
As opções de Copom, contrato que permite a negociação da variação da taxa Meta, indicam uma manutenção dos juros até a reunião de novembro.
Na curva de juros, o mercado precifica alta da Selic ainda no ano de 2024.