Selic abaixo de 9%? Veja o que dizem os otimistas com o rumo da inflação
De uma maneira geral, o mercado aposta que a Selic fechará o ano de 2024 no patamar de 9%, segundo o Relatório Focus. No entanto, tem aqueles economistas e analistas que estão mais confiantes com a trajetória da inflação e apostam mais cortes nos juros.
No início do ano, a Legacy Capital destacou em sua carta mensal que a inflação, medida pela média dos núcleos do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segue girando num patamar consistente com a meta.
Além disso, a melhora das perspectivas relacionadas ao fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentos também ajudam na visão mais positiva.
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“Em um cenário base, onde a desaceleração local e global não evolua para uma recessão, estimamos que a taxa Selic terminal, no presente ciclo de relaxamento monetário, será em torno de 8%”, diz o relatório.
Na semana passada, a inflação brasileira desacelerou: passando de 0,56% em dezembro para 0,42% em janeiro. O número, no entanto, frustrou parte do mercado, ficando acima das expectativas e ainda apresentando uma inflação de serviços resistente.
Inflação de serviços não impacta cortes na Selic
Ainda assim, o otimismo permanece. Em relatório, Rodrigo Martins, Alexandre de Azara e Fabio Ramos, economistas do UBS BB destacam que os últimos meses mostraram melhoria contínua do núcleo da inflação.
Para eles, uma inflação mais baixa no segundo trimestre de 2024 pode levar o Banco Central a acelerar o ritmo de flexibilização da taxa básica de juros.
“Com uma previsão de inflação provavelmente abaixo da meta até então, e com o Fed já em no meio de seu ciclo de flexibilização (o UBS espera o primeiro corte em maio), acreditamos que o Copom poderia acelerar o ritmo de flexibilização para 75 pb. Esperamos que o terminal da Selic em 8% em novembro, 1 ponto percentual abaixo da previsão da pesquisa Focus”, afirmam.
Além disso, segundo informações do Brazil Journal, o Santander também revisou para baixo as suas projeções para inflação e queda da Selic. Com isso, os juros terminariam o ano em 8,5%.