Economia

Selic a 14,25% é suficiente para convergir inflação à meta de 3% no modelo do BC, diz UBS BB

12 dez 2024, 15:33 - atualizado em 12 dez 2024, 15:40
selic copom
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O UBS BB defende que a Selic a 14,25% ao ano será suficiente para convergir a inflação à meta de 3% no modelo do Banco Central (BC). O banco, inclusive, elevou sua previsão para a taxa terminal de 13,50% para 14,25%.

Esse também é o patamar projetado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para os juros em março de 2025. Além de elevar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) na reunião desta semana, os diretores indicaram que anteveem duas altas da mesma magnitude nas próximas decisões.

A equipe de economistas do UBS diz que a orientação futura parece ser uma tentativa de definir parâmetros para a precificação de mercado, evitar estimativas de aumentos de taxas maiores e diminuir a incerteza quando o novo presidente Gabriel Galípolo entrar em ação.

“Agora, eles podem tentar estabilizar as expectativas de inflação e o pessimismo do mercado. Isso também cria uma orientação para os mercados”, afirmam Alexandre de Azara, Rodrigo Martins, Fabio Ramos e Roque Montero.

Segundo o banco, a reação negativa dos mercados e a desancoragem das expectativas após o anúncio do pacote fiscal provavelmente fizeram com que o Copom mudasse de ideia quanto ao guidance. Antes, todos os membros pareciam contra essa projeção, devido à alta incerteza.

Diante do cenário projetado pelo BC, os economistas do UBS esperam que as expectativas para o câmbio e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenham menor volatilidade.

“Consideramos esta decisão muito positiva para ganhar credibilidade e tentar domar as expectativas de inflação após uma piora significativa nesta semana”, afirmam.

À contramão da decisão do Copom, o UBS esperava que a taxa seria elevada em 0,75 p.p., pois acreditavam que seria difícil ter unanimidade para um aumento maior. “Achamos que é uma avaliação justa chamar a decisão unânime de uma surpresa agressiva”.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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