Selic a 13,75%: Cenário base precifica 50 pontos agora e mais outra dose; saiba o que ter na renda fixa
Muito mais do que acompanhar o novo patamar da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, é preciso ficar atento ao comunicado do Copom, que pode dar pistas preciosas do que é mais interessante investir em renda fixa.
O tom do comunicado revela os planos do Banco Central para a política monetária, guinado as expectativas para os juros nos próximos meses.
Nesta quarta-feira (15), o Copom (Comitê de Política Monetária) decide o novo patamar da taxa Selic, que hoje está em 12,75% ao ano. O cenário base precifica uma elevação de 50 pontos agora e mais uma dose na reunião de agosto, encerrando o ciclo de alta de juros em 13,75% ao ano.
“Entendemos que o Copom optará por deixar a porta aberta para um ajuste adicional em agosto”, alerta a XP Investimentos em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (14).
Por que a Selic vai parar em 13,75% ao ano?
A XP explica que o mercado passou a embutir no preço da taxa Selic tanto a elevação nos preços das commodities quanto o Congresso que agora discute cortes de impostos sobre combustíveis e energia elétrica.
Apesar de os números fiscais correntes continuarem melhorando, os incentivos fiscais elevam o risco em relação à sustentabilidade da dívida brasileira, argumenta a corretora.
Para a reunião de agosto, o mercado tem hoje as seguintes expectativas (tendo como base Selic de 13,25% após a reunião atual):
Cenário 1: Manutenção da taxa Selic em 13,25% ao ano (com 38% do mercado apostando nisso);
Cenário 2: Elevação da taxa Selic em 50 pontos base para 13,75% ao ano (com 35% do mercado comprando a tese);
Cenário 3: Elevação da taxa Selic em 25 pontos base para 13,5% ao ano (com 25% do mercado crendo nisso).
Quais ativos em renda fixa comprar agora?
Pensando no cenário de taxa Selic a 13,75% em agosto, a XP Investimentos tem as seguintes recomendações em renda fixa:
Títulos de Renda Fixa | Prazo | Recomendação |
---|---|---|
Prefixados | Curto | Compra |
Indexados à inflação | Curto | Compra |
Prefixados | Longo | Venda |
Indexados à inflação | Longo | Venda |
“Em caso de concretização deste cenário, os títulos prefixados e indexados ao IPCA de prazos mais curtos apresentariam desvalorização, criando eventuais oportunidades para investidores que buscam esses indexadores e prazos para composição de carteira“, aponta Camilla Dolle, head de renda fixa da XP.
No caso de valorização dos títulos de vencimentos longos, principalmente prefixados e IPCA+, haveria a possibilidade de ganhos de capital para aqueles investidores que já detivessem os ativos.
Vale, no entanto, ressaltar a importância de ter cautela e se atentar ao seu perfil de investidor e alternativas de alocação ao tomar a decisão, segundo Dolle.
Veja as apostas dos mercados para os juros nesta Super Quarta.
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