Selic a 12,25%: Brasil volta a ter a maior taxa de juros reais do mundo; entenda
Na quarta-feira (1), o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros deixa o patamar de 12,75% e vai para 12,25% ao ano.
No entanto, apesar do corte promovido pelo Banco Central, o Brasil voltou a ter a maior taxa de juros reais do mundo.
Um levantamento realizado pelo MoneYou aponta que, agora, os juros reais do país ficaram em 6,90%. Isso faz com que o Brasil lidere o ranking, ficando à frente do México, com taxa real de 6,89%. Segundo o estudo, o país só não ocuparia a primeira posição caso o BC tivesse cortado a Selic em 0,75 pp.
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Confira o ranking de países
Ranking | País | Juro real (em %) |
1 | Brasil | 6,90 |
2 | México | 6,89 |
3 | Colômbia | 5,48 |
4 | Hungria | 4,62 |
5 | Chile | 4,44 |
6 | Indonésia | 3,93 |
7 | Rússia | 3,69 |
8 | República Checa | 3,31 |
9 | Hong Kong | 2,90 |
10 | África do Sul | 2,64 |
11 | Filipinas | 2,51 |
12 | Coreia do Sul | 1,72 |
13 | Estados Unidos | 1,62 |
14 | Itália | 1,55 |
15 | Israel | 1,47 |
16 | Índica | 1,46 |
17 | Nova Zelândia | 1,45 |
18 | Grécia | 1,45 |
19 | Dinamarca | 1,44 |
20 | Portugal | 1,25 |
21 | Bélgica | 1,25 |
22 | França | 1,25 |
23 | Malásia | 1,23 |
24 | Holanda | 1,20 |
25 | Suécia | 1,19 |
26 | Austrália | 1,11 |
27 | Alemanha | 1,05 |
28 | Reino Unido | 0,97 |
29 | Espanha | 0,86 |
30 | Áustria | 0,76 |
31 | Tailândia | 0,64 |
32 | Cingapura | 0,46 |
33 | Canadá | 0,39 |
34 | China | 0,27 |
35 | Taiwan | -0,07 |
36 | Polônia | -0,54 |
37 | Suíça | -0,54 |
38 | Japão | -2,61 |
39 | Turquia | -2,95 |
40 | Argentina | -10,87 |
O que são juros reais?
Para chegar ao número do juro real, é preciso descontar do juro nominal (a Selic) o Índice de Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA) prevista para os próximos 12 meses. Esse juro é o que representa a rentabilidade real de um investimento, uma vez que já considera o que foi perdido para a inflação.
Nem sempre o Brasil esteve no topo do ranking de juro real. Em meados de 2018, por exemplo, esse valor girava em torno de 2%, já que a inflação estava em 3,75% e a Selic em 6,5%.