Selic a 11,75%? O elemento X que pode fazer Campos Neto e companhia baixarem a guarda

Um movimento de queda significativo na curva de juros dos Estados Unidos deve trazer melhor equilíbrio na balança de riscos do Comitê de Política Monetária (Copom), avaliam especialistas do Citi.

No cenário local, entretanto, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que cresceu 0,1%, e a incerteza sobre a meta fiscal preocupam o banco.

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Ainda assim, o vetor global deve preponderar, podendo levar o Copom a adotar um tom mais suave (“dovish”) no comunicado da reunião da semana quem vem, diz o Citi.

Na análise da Genial Investimentos, a queda dos Treasuries nos EUA na última semana, após arrefecimento da atividade econômica, foi importante. As projeções para cortes no Fed Fund rate, inclusive, foram antecipadas para o início do segundo semestre de 2024.

Apesar dos riscos locais, os analistas da corretora veem o cenário de uma Selic terminal menor ganhando força. O juro nominal e real fecharam a semana com queda mais acentuada nos vértices intermediários e longos, após o IPCA-15 dar sequência à trajetória de desinflação.

A Selic implícita na curva de juro futuro também voltou a cair e está mais próxima dos 9,5% no fim do ciclo. Além disso, a projeção para a taxa básica de 2025 apresentada pelo Boletim Focus saiu de 8,75% para 8,5% ao ano.

Mesmo com o otimismo, a projeção é de que o Copom mantenha o ritmo de cortes na Selic em 0,50 ponto porcentual. Com isso, a taxa deve cair para 11,75%.