Renda Fixa

Selic a 11,75% no fim do ano abre espaço para renda fixa pagar quase 2% ao mês

02 ago 2023, 15:15 - atualizado em 04 ago 2023, 14:48
Selic
Selic pode bater patamar bem abaixo do que o mercado precifica e isso coloca bastante dinheiro no bolso de quem investe na renda fixa. (Imagem: Pixabay/3D Animation Production Company)

A maioria do mercado espera que a taxa Selic caia dos 13,75% para 13,25% nesta reunião do Copom em agosto, afinal, o ciclo de cortes de juros já anda bem precificado com a expectativa de Selic a 11,75% no fim do ano.

Embora os investidores tenham que se acostumar a ganhar menos em investimentos mais conservadores, como poupança e Tesouro Selic, por outro lado, tem indexador de renda fixa que pode continuar pagando quase 2% ao mês, aproveitando a queda dos juros.

Conforme o BTG Pactual, os investimentos de renda fixa indexados à inflação (IPCA+) têm os melhores retornos.

Essa parcela da renda fixa tem superado prefixados e títulos atrelados ao CDI, beneficiando da queda dos juros reais nos vencimentos mais longos.

“Assim, o índice de renda fixa IDA-IPCA rendeu só em julho 1,9%, portanto, demonstrando a recuperação das debêntures isentas de IR, após um início de ano marcado pelo escândalo da Americanas (AMER3)”‘, escreve o banco em relatório publico em agosto.

Na visão dos analistas, ainda há prêmio para renda fixa indexada ao IPCA de longo prazo.

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Renda fixa para aproveitar queda da Selic

É comum que o Banco Central encerre o ciclo de cortes de juros abaixo do que o mercado projeta, inclusive abaixo da chamada Selic neutra.

Imaginando que esta premissa se repita neste ciclo e que o encerramento dos cortes ocorrerá na última reunião de 2024, duas coisas podem acontecer:

  • poderíamos supor uma Selic abaixo de 7,5% em um cenário otimista;
  • uma surpresa de aproximadamente 150 pontos base em relação ao que o mercado projeta (Selic terminal a 9% ao ano).
(Fonte: BTG Pactual)

Dessa maneira, o BTG Pactual recomenda que ao menos 20% da carteira total do investidor esteja em renda fixa IPCA+.

Então, a alocação sugerida tem distribuição em títulos com vencimentos de oito anos e combinação, com papéis isentos de IR pagando até 13% ao ano.