Selic a 11,75%: Banco Central não deve ‘mudar o disco’; vem mais cortes de 0,50 pp por aí?
O Comitê de Política Monetária (Copom) divulga na última Super Quarta do ano, que acontece amanhã (13), a decisão sobre a política monetária do país. Hoje (12), aconteceu a primeira etapa da reunião em que foram avaliadas as conjunturas econômicas.
O mercado espera que um corte de 0,50 ponto percentual na Selic, em linha com o sinalizado na reunião anterior e com as declarações de diretores do Banco Central. Se a redução for confirmado, a taxa fecha 2023 em 11,75%.
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Na análise do estrategista-chefe Warren Investimentos, Sérgio Goldenstein, é provável ainda que o Copom repita a mensagem de que os membros anteveem cortes de mesma magnitude nas próximas reuniões.
Economistas do Bank of America também esperam que a decisão por repetir o corte seja unânime. Segundo eles, a melhoria das condições financeiras no exterior e a evolução do orçamento interno dão apoio à flexibilização. Mas, a atividade mais forte e a incerteza sobre as metas fiscais impedem mudanças no ritmo.
“O Comitê deve destacar a incerteza do lado externo para manter o ritmo de flexibilização monetária, apesar as condições internas favoráveis”, dizem David Becker e Natacha Perez, em relatório.
O BofA destaca que a política monetária brasileira deve continuar contracionista. “Mesmo com um corte para 11,75%, as taxas de juro reais ainda estariam perto de 8%, muito longe do nível de 4,5% que o Banco Central considera neutro”, afirmam.