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Selic a 11,75%: Ação que salta mais de 50% em um ano e outras 2 devem surfar onda de cortes; veja

14 dez 2023, 10:35 - atualizado em 14 dez 2023, 11:00
selic
Mercado precifica um corte de 0,50 ponto percentual na Selic na última reunião de 2023 (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O quarto corte da Selic no atual ciclo de afrouxamento monetário — combinado com as novas indicações do Federal Reserve — animou o mercado. Isso porque um horizonte de taxas menores incentiva os investidores a apostarem em destinos mais produtivos para o capital.

De acordo com a Empiricus Research, poderia ser o início de uma “troca do rentismo para os ativos de risco”, uma vez que juros mais baixos são sistemicamente bons para as ações.

Na última Super Quarta do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 11,75%ao ano.

Lá fora, o Fed realizou uma manutenção da taxa de juros entre 5,25% e 5,50%, mas indicou que o ciclo de altas pode ter atingido o pico.

Onde investir com a queda da Selic?

Apesar das incertezas que ainda pairam tanto no Brasil quanto lá fora, há certo otimismo em relação ao caminho dos juros.

Diante desse cenário, algumas ações podem se destacar. Para o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, B3 (B3SA3), Direcional (DIRR3) e Iguatemi (IGTI11) são esses nomes.

B3

Segundo Spiess, as ações da B3 devem ganhar com uma maior movimentação em Bolsa com a queda dos juros, assim como aconteceu entre 2016 e 2019.

“Observando dados históricos de negociação na B3, fica clara a correlação inversa entre o patamar da Selic e o giro de ações. Por isso, projetamos alguma retomada de volume, com efeito mais pronunciado no próximo ano”, afirma a Empiricus, em relatório.

Além disso, a casa avalia o valuation da ação como atrativo. “Sob a ótica dos múltiplos, B3SA3 negocia a 16x seu lucro estimado para 2024 (ou 11x, se considerarmos nossa estimativa de lucro), o que nos parece atrativo diante do múltiplo médio de 19x nos últimos 5 anos”, diz.

Direcional

As ações do setor de construção civil estão entre as principais beneficiadas da compressão da curva de juros este mês, especialmente aquelas empresas baratas e com alta qualidade.

Em relação à Direcional, o analista destaca que o ramo de construção civil “sempre se beneficia de queda dos juros”. “Aumenta o affordability do consumidor e a dívida fica mais barata”, ressalta.

Na análise da Empiricus, DIRR3 ainda se destaca por: forte atuação no segmento de baixa renda, capturando bem as mudanças do Minha Casa Minha Vida; potencial pagamento adicional de dividendos; e valuation. A ação salta mais de 50% em um ano.

Iguatemi

Por fim, para Iguatemi, Spiess destaca que os shoppings também se beneficiam da queda de juros, uma vez que são uma mistura de real estate e varejo. “Tem dívida, então é duration longo em Bolsa. Deveria se beneficiar. Varejo consome mais porque o crédito fica mais barato”, afirma.

Além disso, diante da forte correlação com os juros, qualquer arrefecimento da curva tende a gerar valor para o ativo no curto/médio prazo.

Segundo a Empiricus, a tese em Iguatemi é composta por outros dois fatores: múltiplos exageradamente baixos se comparados a média histórica; e ações descontadas em relação ao principal par, a Multiplan (MULT3).

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