Selic a 11,50%: Por que o Itaú BBA vê espaço para corte de 0,75 pp na taxa?
O Itaú BBA vê espaço para o Banco Central acelerar os cortes da Selic no final do ano, com corte de 0,75 ponto percentual (p.p.) na decisão de dezembro. Para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana que vem, entretanto, é esperada uma redução no mesmo patamar de agosto, de 0,50 p.p.
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De acordo com os especialistas, a aceleração dos cortes na virada do ano deve se apoiada pela dinâmica mais benigna da inflação de serviços, bem como a esperada desaceleração da atividade econômica. Agora, o BBA projeta que a taxa encerre 2023 em 11,50% ao ano.
Para 2024, a projeção é de uma Selic a 9% ao final do ano. A previsão é consistente com a indicação do Copom de manter a política monetária em território marginalmente contracionista ao longo do ciclo.
Banco Central vai acelerar os cortes da Selic?
Para setembro, os especialistas do BBA afirmam que parece haver pouca dispersão das expectativas do mercado em relação ao corte de 0,50 p.p. Na última reunião, as autoridades, inclusive, estabeleceram uma barra alta para a aceleração da flexibilização.
Tal movimento exigiria reancoragem mais forte das expectativas, ampliação mais acentuada do hiato do produto ou inflação de serviços substancialmente menor. Entretanto, desde a última reunião, o conjunto de informações evoluiu de maneira “ambígua”.
“Por um lado, foram divulgados dados mais benignos de inflação. Por outro, o PIB do 2º trimestre surpreendeu para cima, o ambiente externo se tornou mais conturbado, aumentaram as dúvidas locais sobre a meta de orçamento equilibrado em 2024 e o real perdeu valor”, destacam os especialistas.
No momento, o Comitê não deve discutir a aceleração do ciclo de cortes. “Entendemos que seria prematuro abrir espaço para discussão de aceleração de corte neste momento, dado o risco que tal comunicação atrapalhe o processo de convergência das expectativas de inflação”, dizem.
O mesmo, no entanto, não é verdade para as decisões seguintes. “Será particularmente importante acompanhar a comunicação do comitê sobre seus próximos passos, bem como a evolução do conjunto de informações”, avaliam.