Economia

Selic a 10,75%: É hora de comprar um carro zero? Entenda o impacto sob o setor

21 mar 2024, 15:09 - atualizado em 21 mar 2024, 15:09
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Selic a 10,75% ao ano dita se investir num carro zero pode ser a melhor opção no momento (Imagem: Getty Images/Canva)

Com mais uma redução de 0,50 ponto percentual (p.p.) na Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou o patamar de 11,25% e foi para 10,75% ao ano.

Esse é o sexto corte na taxa após um rigoroso aperto da política monetária e quase um ano de manutenção no patamar de 13,75% ao ano.

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Segundo dados da Anefac (Associação Nacional de Executivos), durante o período de janeiro/2021 a janeiro/2024, o Banco Central elevou a taxa básica em 9,25 pontos percentuais (elevação de 462,50%).

Neste período, a taxa de juros média para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 15,61 p.p. — uma elevação de 37,89% —, indo de 41,20% ao ano em janeiro/2021 para 56,81% ao ano em janeiro/2024.

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Selic: É um bom momento para investir no sonhado carro zero?

Segundo Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV, “a princípio, com a Selic mais baixa, tanto a produção do veículo, quanto seu financiamento podem (mas não é obrigatório) ficar mais baratos”.

“Os juros mais baixos favorecem a redução do custo de produção, o que deveria ter como reflexo a redução do preço de venda. E juros mais baixos têm reflexo direto no custo do financiamento, tanto mensal como final”, completa.

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Para Teixeira, o setor automotivo deve ficar mais ou menos estável ou com uma pequena, mas muito pequena mesmo, retração. “A gente não sabe o que vai acontecer nos próximos meses, e logicamente que essa curva, a medida que ela se apresente, é que vai fazer com que a gente entenda o que a gente pode esperar”.

Selic: O que esperar na próxima reunião do Copom

Em seu comunicado, o Copom aproveitou para sinalizar que “anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião”.

Isso significa que o Banco Central deve manter o ritmo de cortes de 0,50 pp na próxima reunião, marcada para maio. No entanto, os dirigentes devem avaliar em junho se o corte será no mesmo patamar ou se o Copom vai diminuir os reajustes para 0,25 p.p.

* Com Juliana Américo