Seis em cada dez agências de turismo esperam aumentar o faturamento até o fim do ano
O aumento da imunização da população brasileira tem alimentado boas expectativas nos donos de agências de turismo. Atualmente, 60% dos empreendedores no setor de turismo vislumbram um aumento de faturamento até dezembro de 2021, contra 14% que acreditam que existirá uma queda
O otimismo pode ser explicado pelo fato dessa ter sido uma das atividades do turismo que menos sofreu os impactos da pandemia, de acordo com a 2ª Pesquisa “Os Desafios das Agências de Turismo”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav)
Quando analisado o segmento como um todo, 91% das empresas ligadas ao segmento declaram ter tido perda de faturamento, já quando se observa apenas o universo das agências, essa proporção cai para 56%.
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os donos das agências de turismo têm um perfil diferenciado, o que pode ter influenciado positivamente no enfrentamento da pandemia.
“Há mais microempresas do que microempreendedores individuais, a escolaridade e a média de idade são mais altas e eles estão há mais tempo nesse negócio, o que faz com que eles trabalhem mais em busca de alternativas e inovações que aumentem a sobrevivência e o faturamento do negócio”, comenta.
Dentro do universo da pesquisa, os resultados do recorte referente às associadas da ABAV – cerca de 2,2 mil em todo o Brasil, entre agências de viagens, operadoras de turismo e consolidadoras – revelaram que o emprego de profissionais qualificados e maior preparo dos empresários na gestão dos negócios fazem a diferença na travessia da crise.
“Os indicativos desta segunda edição da pesquisa corroboraram os diferenciais identificados na anterior. Tivemos entre nossos associados o maior número de respondentes, o que demonstra engajamento com nossas ações e total entendimento sobre a importância dessa atualização de dados. Eles estão no grupo que revelou mais otimismo e poder de superação dos percalços, e isso os colocará à frente no caminho da retomada, ressalta a presidente da ABAV, Magda Nassar.
Desafios
Apesar das boas perspectivas, os empreendedores ainda enfrentam dificuldades para manter a empresa.
Entre os principais desafios estão o aumento das vendas, a organização das finanças, as incertezas em relação a abertura das fronteiras internacionais e saber como será o perfil do consumidor pós-pandemia.
Agências de turismo acreditam que medidas governamentais como a redução das taxas e impostos em conjunto com a extensão das linhas de crédito são as medidas mais impactantes.
“Esse diagnóstico que fizemos é muito importante para auxiliar os nossos trabalhos junto ao Executivo e Legislativo para que as medidas de redução dos impactos continuem sendo executadas. Precisamos auxiliar esse segmento que pode ser a porta de entrada da recuperação do turismo brasileiro”, frisa Melles.
Metodologia
A pesquisa foi realizada entre junho e julho de 2021 com uma amostra de 827 respondentes que compõem o universo de 192 mil pequenos negócios, entre eles:
- agências de turismo, operadores turísticos;
- serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados anteriormente;
- transporte rodoviário coletivo de passageiros fretamento;
- transporte rodoviário coletivo de passageiros;
- transporte aquaviário para passageiros turísticos; e
- atividade de agenciamento marítimo, das 27 unidades federativas.
Varejo: qual setor deve se destacar no 2° trimestre?
Com a reabertura econômica e a antecipação da vacinação contra o Covid-19 em diversas cidades, os próximos seis meses devem ser decisivos para a volta da confiança do consumidor, incentivando cada vez mais o crescimento dos setores de varejo.
O analista da Empiricus, Max Bohm, avaliou alguns aspectos que devem ser positivos para o semestre e apontou o principal setor para investir com a retomada, além das principais ações para apostar no período