Turismo

Seis em cada dez agências de turismo esperam aumentar o faturamento até o fim do ano

25 ago 2021, 14:28 - atualizado em 25 ago 2021, 14:28
Rio de Janeiro Turismo
Donos das agências de turismo têm um perfil diferenciado, o que pode ter influenciado positivamente no enfrentamento da pandemia, explica presidente do Sebrae, responsável pela pesquisa em parceria com a Abav (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O aumento da imunização da população brasileira tem alimentado boas expectativas nos donos de agências de turismo. Atualmente, 60% dos empreendedores no setor de turismo vislumbram um aumento de faturamento até dezembro de 2021, contra 14% que acreditam que existirá uma queda

O otimismo pode ser explicado pelo fato dessa ter sido uma das atividades do turismo que menos sofreu os impactos da pandemia, de acordo com a 2ª Pesquisa “Os Desafios das Agências de Turismo”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav)

Quando analisado o segmento como um todo, 91% das empresas ligadas ao segmento declaram ter tido perda de faturamento, já quando se observa apenas o universo das agências, essa proporção cai para 56%.

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os donos das agências de turismo têm um perfil diferenciado, o que pode ter influenciado positivamente no enfrentamento da pandemia.

“Há mais microempresas do que microempreendedores individuais, a escolaridade e a média de idade são mais altas e eles estão há mais tempo nesse negócio, o que faz com que eles trabalhem mais em busca de alternativas e inovações que aumentem a sobrevivência e o faturamento do negócio”, comenta.

Dentro do universo da pesquisa, os resultados do recorte referente às associadas da ABAV – cerca de 2,2 mil em todo o Brasil, entre agências de viagens, operadoras de turismo e consolidadoras – revelaram que o emprego de profissionais qualificados e maior preparo dos empresários na gestão dos negócios fazem a diferença na travessia da crise.

“Os indicativos desta segunda edição da pesquisa corroboraram os diferenciais identificados na anterior. Tivemos entre nossos associados o maior número de respondentes, o que demonstra engajamento com nossas ações e total entendimento sobre a importância dessa atualização de dados. Eles estão no grupo que revelou mais otimismo e poder de superação dos percalços, e isso os colocará à frente no caminho da retomada, ressalta a presidente da ABAV, Magda Nassar.

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Desafios

Um dos desafios do setor é a incerteza em relação a abertura das fronteiras internacionais e saber como será o perfil do consumidor pós-pandemia (Imagem: Depositphotos/Agência Câmara)

Apesar das boas perspectivas, os empreendedores ainda enfrentam dificuldades para manter a empresa.

Entre os principais desafios estão o aumento das vendas, a organização das finanças, as incertezas em relação a abertura das fronteiras internacionais e saber como será o perfil do consumidor pós-pandemia.

Agências de turismo acreditam que medidas governamentais como a redução das taxas e impostos em conjunto com a extensão das linhas de crédito são as medidas mais impactantes.

“Esse diagnóstico que fizemos é muito importante para auxiliar os nossos trabalhos junto ao Executivo e Legislativo para que as medidas de redução dos impactos continuem sendo executadas. Precisamos auxiliar esse segmento que pode ser a porta de entrada da recuperação do turismo brasileiro”, frisa Melles.

Metodologia

A pesquisa foi realizada entre junho e julho de 2021 com uma amostra de 827 respondentes que compõem o universo de 192 mil pequenos negócios, entre eles:

  • agências de turismo, operadores turísticos;
  • serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados anteriormente;
  • transporte rodoviário coletivo de passageiros fretamento;
  • transporte rodoviário coletivo de passageiros;
  • transporte aquaviário para passageiros turísticos; e
  • atividade de agenciamento marítimo, das 27 unidades federativas.

Varejo: qual setor deve se destacar no 2° trimestre?

Com a reabertura econômica e a antecipação da vacinação contra o Covid-19 em diversas cidades, os próximos seis meses devem ser decisivos para a volta da confiança do consumidor, incentivando cada vez mais o crescimento dos setores de varejo.

O analista da Empiricus, Max Bohm, avaliou alguns aspectos que devem ser positivos para o semestre e apontou o principal setor para investir com a retomada, além das principais ações para apostar no período