Crédito

Seguro rural e garantias sólidas facilitariam renegociação com agentes do BNDES, diz Bancoob

21 ago 2019, 10:06 - atualizado em 21 ago 2019, 11:32
Prejuízos com safras poderiam ser atenuados com seguros, facilitando a renegociação com bancos (Imagem: Bloomberg)

Em meio à disputa entre produtores que querem renegociar dívidas de linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a recusa das instituições repassadoras, dois pontos podem ser destacados, segundo um dos principais agentes operadores da linha Pró CDD Agro. Para o Bancoob, de um lado a situação mostra a importância do produtor contratar seguro e, do outro, a repactuação exige garantias mais sólidas.

No caso retratado ontem (21) em Money Times, mostrando a judicialização de muitos produtores gaúchos contra bancos, depois de quatro safras seguidas ruins, o consultor de Agronegócio do braço financeiro do sistema Sicoob se diz surpreendido. “Em regiões com histórico de adversidades climáticas, se recomenda a compra de uma proteção para as lavouras”, afirma Gustavo Bastos Soares, para quem o Rio Grande do Sul se enquadra entre os mais altos riscos climáticos do Brasil para a produção rural.

Além do Proagro, custeado com recursos da União em até R$ 300 mil por produtor, há os seguros operados pelas seguradoras particulares. Naturalmente que nem sempre cobrem a totalidade dos prejuízos – e aí se entra em outra discussão antiga no Brasil quanto à baixa cobertura do sistema.

Mas, para o executivo do Bancoob, já ajuda, quando não já é suficiente para pequenos produtores renegociarem seus débitos.

Quantos às dificuldade das instituições aceitarem a renegociação, muitas vezes há o impedimento das garantias oferecidas. “Em relação à recuperação judicial, frequentemente as instituições financeiras deixam esta alternativa para ser utilizada em ultimo caso, devido a demora do sistema judiciário brasileiro em se executar o processo, principalmente quando a operação tiver garantias reais como hipoteca, pois nestes casos as instituições financeiras tem uma grande delay para fazer jus a garantia dada”, informa o executivo da instituição ligada ao movimento cooperativista.

E, aqui, também se desqualificaria algumas opiniões de que os bancos estão preferindo esperar a recuperação judicial à repactuação dos débitos, argumenta o representante do Bancoob/Sicoob.

A outra garantia opcional é a alienação fiduciária.

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