Seguro rural com índices do Inmet e negociado na B3 caminha para ter Santander entre agentes
O Santander (BSBR) caminha para fechar parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e lançar um seguro rural contra prejuízos climáticos dos produtores. Em paralelo, também deverá criar um derivativo a ser negociado em bolsa, baseado neste tipo de seguro.
Da mesma forma, a NEWE Seguros, que lançou a primeira apólice do Seguro de Índice Paramétrico SIM Inmet para o cacau na Bahia, há duas semanas, já manifestou intenção de ampliar o portfólio para outros setores, informa Paulo Costa, assessor do Inmet.
Não há, por enquanto, sinais claros desses e outros agentes em relação ao alcance e prazos dos novos lançamentos – ou até por segredo estratégico comercial -, mas o otimismo marca a nova fase do órgão federal ligado ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como antecipou Money Times ainda no início de janeiro.
A canavicultura, por exemplo, tem despertado bastante consultas do mercado segurador.
Como diz Paulo Costa, o papel do Inmet foi defender aos agentes privados que aos dados meteorológicos podem ser indicadores de risco para um seguro contra seca e chuvas em excesso, por exemplo – como já existe nos Estados Unidos – e avançando para que as seguradoras busquem lastro negociando-o no mercado como ativo financeiro (ainda em desenvolvimento com agências reguladoras e agentes).
Pela experiência de Costa e do diretor do Inmet, Miguel Lacerda, com o RenovaBio, o Inmet acaba também como agente “formador de mercado”, diz.
Lacerda é considerado o formulador do programa nacional de biocombustíveis, enquanto diretor do Ministério de Minas e Energia, tendo Costa, então, como desenvolvedor junto ao mercado financeiro do Crédito de Descarbonização (CBio), o título negociado na B3 (B3SA3).