Segunda (23) é dia para ver se as commodities vão conseguir juntar os cacos
Os mercados financeiros globais até que fecharam a sexta (20) com alguma reação, inclusive no Brasil, depois de uma semana tensa, mas as commodities derreterem. Segunda-feira (21) deverá abrir os negócios sob expectativa de como vão juntar os cacos.
Pelo menos a soja e o milho não conseguiram fazer com que a pequena diminuição da aversão ao risco, que veio tarde, anulasse alguns apoios de baixa dos fundamentos no pregão de Chicago.
Sobre a soja, que quebrou 2,10%, fechando em US$ 12,92 (novembro), pesou o arrasto do óleo de soja (menos 5%), com a reedição do boato de que os Estados Unidos podem diminuir a mistura do biodiesel, no que sobraria mais grãos. Fica no ar, para a segunda, algum comunicado oficial do governo de Joe Biden.
E o Pro Farmer Crop Tour, rali de safra referência no país, também finalizou com dados pouco melhores que os do USDA sobre as condições das lavouras. Inclusive do milho, que caiu 2,52%, a US$ 5,37, para entrega em dezembro.
Mas ainda os dados finais do governo americano falarão mais alto.
Como o petróleo também não resistiu aos índices de ações em alta e o dólar index em baixa – ainda estando preso às reações de pânico pelo consumo em xeque via aumento dos casos de covid no mundo -, o açúcar em Nova York o acompanhou novamente, como nos dias anteriores.
O óleo cru veio abaixo das mínimas de maio (US$ 65/barril), em novo tombo de 2,23%, e o adoçante se fixou em perda de 1,47%, a 19,50 centavos de dólar por libra-peso.
A commodity de energia em queda deixa os fundos atentos ao desvio de mais cana para o açúcar no Brasil, sacrificando mais o etanol hidratado na perda de competitividade para a gasolina, portanto havendo um aumento líquido da oferta.
Mas é muito provável que haja algum ajuste no petróleo na segunda, inclusive com algum sinal dos países produtores sobre a oferta, além do que a quebra da safra de cana no Brasil será muito acentuada e vai, sim, impactar a oferta de açúcar, mesmo se produzindo menos hidratado.
O café também se desvalorizou em outra jornada em Nova York, 0,62%/180,18 c/lp, em reação direta pelo suspense sobre o consumo se o avanço da variante delta voltar a produzir baixa na circulação das pessoas.