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“Seguimos preferindo carnes vermelhas a frango”, diz BTG Pactual

03 jan 2020, 13:18 - atualizado em 03 jan 2020, 13:18
Carnes Boi Commodities
A exportação de carne bovina seguiu em bom ritmo, com volumes expandindo 12% em dezembro e 21% no trimestre (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgou ontem (2) os números referentes às exportações de carnes do quarto trimestre de 2019, indicando continuidade na força das operações – principalmente no segmento de bovinos, segundo o BTG Pactual (BPAC11).

A exportação de carne bovina seguiu em bom ritmo, com volumes expandindo 12% em dezembro e 21% no trimestre.

“O que mais nos surpreendeu foi que a demanda internacional permaneceu forte apesar da alta dos preços do bife, que avançaram, em dólares, 4% ao mês e sólidos 16% na comparação trimestral mesmo com em meio à época desfavorável”, afirmaram os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin.

Essa combinação incomum de alta de volume e preço levou a um crescimento de 60% de vendas trimestrais em reais, o que deve sustentar a performance das empresas frigoríficas brasileiras.

Preços do frango decepcionam

O volume de aves exportadas em dezembro, por sua vez, manteve o mesmo ritmo que o mês anterior, mas subiu 5,5% comparado com o mesmo período de 2018. O resultado refletiu a alta de 4% na base trimestral, embora o preço do frango tenha desapontado com uma contração de 4% nos últimos três meses do ano.

“As vendas trimestrais em reais avançaram 14% na comparação ano a ano, refletindo uma valorização de 8% em dólar, mas os custos de alimentação continuaram em tendência de alta no Brasil seguindo o volume recorde de exportação de milho”, avaliou o banco. “Isso, combinado com preços mais baixos, levou à retração de 4% no aumento das exportações da carne”.

Exportação de suínos surpreende

Suínos Porcos
As exportações de carne suína seguiram o mesmo padrão que os bovinos, entregando uma combinação de maiores volumes (22% ano a ano) e preços (8% trimestre a trimestre) (Imagem: Reuters/Daniel Acker)

As exportações de carne suína seguiram o mesmo padrão que os bovinos, entregando uma combinação de maiores volumes (22% ano a ano) e preços (8% trimestre a trimestre). As vendas entre outubro e dezembro de 2019 avançaram, em reais, incríveis 72%.

“Nesse caso, os ganhos de preço foram mais que o suficiente para cobrir a alta dos custos de alimentação”, disseram Duarte e Brustolin.

Setor está “suculento”

No geral, as exportações de proteína em dezembro reforçaram as tendências que o mercado já vinha acompanhando nos últimos meses, com a demanda exterior mantendo em altos níveis a lucratividade e as receitas do setor.

O BTG sustenta sua opinião de que a peste suína africana ainda irá exercer um grande papel nos resultados das companhias brasileiras de proteína. O banco segue “preferindo carnes vermelhas a frango”, com maior exposição para a Minerva (BEEF3) – uma das top picks. Para a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3), a recomendação permanece neutra.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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