Mercado secundário de fundos imobiliários deve crescer 50%, estima XP
O volume de negócios no mercado secundário de fundos de investimento imobiliário no Brasil pode aumentar 50% nos próximos 12 a 24 meses à medida que os grandes investidores vendidos entrem no mercado, de acordo com a XP Inc.
“Mais fundos de ações, multimercado, fundos de pensão e seguradoras começarão a participar e aumentar o volume”, disse Giancarlo Gentiluomo, chefe de distribuição dos fundos imobiliários da XP, em uma entrevista.
Os fundos imobiliários negociados em bolsa são novos no Brasil, com um volume de R$ 44 bilhões de mercado secundário até outubro, de acordo com a bolsa de valores do país, B3 SA – Brasil, Bolsa, Balcão. A B3 começou a permitir aluguel de cotas no mês passado, em um esforço para aumentar o volume.
“Muitos grandes investidores não podiam realmente entrar no mercado antes, porque eles só participam quando podem negociar em ambos os lados, construindo posições compradas e vendidas”, disse Gentiluomo.
Os ganhos de volume serão graduais porque os investidores de varejo, que detêm 74% das cotas desses fundos, precisam de tempo para se familiarizar com o processo de alugar essas cotas, disse Gentiluomo.
As taxas de juros básicas baixas no Brasil tem estimulado investidores de varejo a buscar produtos de maior rendimento, como fundos imobiliários. Mas o mercado ainda totalizava cerca de R$ 110 bilhões outubro, uma pequena fração do total da indústria de fundos de R$ 5,7 trilhões.
Os fundos imobiliários tiveram um desempenho ruim este ano, com preços distorcidos pela falta de liquidez em meio a vendas estimuladas pela pandemia. O IFIX, índice que acompanha os fundos, caiu mais de 13% neste ano, ante queda de 1% do índice de ações Ibovespa.