Política

Secretaria-Geral decidirá sobre liderança do PSL na Câmara, diz Maia

17 out 2019, 13:56 - atualizado em 17 out 2019, 13:56
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Segundo Maia, a secretaria vai checar as assinaturas e informar quem é o líder do partido (Imgem: Gustavo Lima/STJ)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse hoje (17) que cabe à Secretaria-Geral da Mesa da Casa decidir quem é o líder do PSL, após alas opostas do partido apresentarem listas com assinaturas de parlamentares para a definição da liderança.

“É decisão da Secretaria-Geral da Mesa. É o que diz o regimento”, afirmou Maia ao deixar o Ministério da Economia, após reunião com o titular da pasta, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para debater a agenda de governo pós-aprovação da reforma da Previdência.

Segundo Maia, a secretaria vai checar as assinaturas e informar quem é o líder do partido. Estão na disputa o atual ocupante do cargo, deputado federal Delegado Waldir (GO), e o deputado Eduardo Bolsonaro (SP).

Integrantes do PSL têm sido alvo de investigações sobre suspeitas de uso indevido de recursos do Fundo Partidário. O presidente Jair Bolsonaro e um grupo de deputados da legenda pediram mais transparência sobre as contas da sigla. Na sexta-feira (11), Jair Bolsonaro e 21 parlamentares do partido requereram ao Diretório Nacional do PSL informações sobre o uso de recursos.

Áudio divulgado pelas revistas Época e Crusoé mostra o presidente Bolsonaro conversando com um interlocutor sobre a lista de assinaturas para a mudança na liderança do partido. Na manhã de hoje, ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente classificou a gravação de “desonestidade”.

“Eu falei com deputados, eles gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com deputados. Eu não trato publicamente desse assunto, converso individualmente, se alguém grampeou o telefone, primeiro, é uma desonestidade”, disse.

Para o presidente da Câmara, a crise interna no PSL não atrapalha a tramitação de matérias. Ele acrescentou que acredita que as divergências não vão durar muito tempo. “Acredito que há um ambiente de modernização do Estado brasileiro que contamina a maioria absoluta daquela Casa. Não são brigas internas do partido A ou B que vão atrapalhar o prosseguimento da nossa pauta”, afirmou.

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