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SEC ganha processo de US$ 12 milhões contra promotor da infame BitConnect

20 ago 2021, 15:31 - atualizado em 20 ago 2021, 15:41
Justiça criptomoedas
Reguladores alegaram que a BitConnect é um esquema de fraudes “Ponzi”, termo que se refere ao esquema no qual investidores antigos são pagos por meio de recursos retirados de novos investidores (Imagem: Unsplash/Executium)

Hoje (20), a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciou dois julgamentos do processo em andamento contra a BitConnect, uma plataforma de empréstimos cripto, a qual a SEC afirma ter ofertado US$ 2 bilhões em valores mobiliários não registrados.

O processo teve início em maio deste ano e tinha como alvo cinco dos supostos promotores da BitConnect. Os julgamentos de hoje envolveram somente dois dos acusados, Michael Noble e Joshua Jeppesen.

A noiva de Jeppesen, Laura Mascola, apesar de não ter feito nenhuma atividade ilegal, terá de devolver os fundos que seu companheiro a transferiu. 

O próprio Jeppesen era a ligação entre a BitConnect e os promotores da companhia. Reguladores alegaram que a BitConnect é um esquema de fraudes “Ponzi”, sendo que o Departamento de Investigações Federais (FBI) emitiu um alerta para as vítimas no início de 2019.

No entanto, nenhum dos casos de hoje apresentou acusações criminais. 

Esquema de fraudes “Ponzi” se refere ao esquema no qual investidores antigos são pagos por meio de recursos retirados de novos investidores.

De acordo com o final do julgamento, Jeppesen e Mascola terão de pagar US$ 3,5 milhões e 190 bitcoins (BTC) – cerca de US$ 9,1 milhões – como restituição e juros pré-julgamento. Já a multa de Noble ainda não foi determinada.

Os julgamentos proibiram tanto Noble como Jeppesen de participarem em ofertas futuras de ativos digitais.

A investigação da SEC sobre a BitConnect continua, bem como os casos contra os demais executivos da empresa.