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Se você está empolgado com a XP Inc., pare agora, alerta Credit Suisse

16 abr 2020, 13:14 - atualizado em 16 abr 2020, 14:59
XP Inc XP Investimentos Empresas
Sobrevalorizada: para o Credit Suisse, números da XP Inc. não justificam o atual preço das ações – muito menos, novas altas (Imagem: LinkedIn da XP Inc)

O Credit Suisse cortou o preço-alvo das ações da XP Inc. (XP) de US$ 23 para US$ 22, após a dona da XP Investimentos divulgar a prévia operacional do primeiro trimestre.

A medida vai na contramão da euforia do mercado com o papel e, na prática, indica que, para o banco suíço, o valor justo da XP Inc. é menor do que aquele pelo qual é negociado atualmente.

Por volta das 12h50 (horário de Brasília), as ações saltavam 7,08% na Nasdaq, a bolsa americana conhecida por atrair empresas de tecnologia, e eram cotadas em US$ 25,10 por papel.

Isso significa 14% mais do que o Credit Suisse calcula que elas valem. Além disso, a recomendação do banco para os papéis é neutra.

Em relatório obtido pelo Money Times, o banco classifica os resultados como “sólidos”, mas adverte sobre a queda em relação ao quarto trimestre e, sobretudo, à piora do cenário para 2020.

Revisão geral

O Credit Suisse cortou em 15% sua estimativa para os ativos sob gestão da XP Inc. em 2020, propondo agora R$ 496 bilhões para o fim do ano, devido à volatilidade do mercado de capitais, decorrente da pandemia de coronavírus e de seus impactos econômicos.

O banco ressalta que essa projeção embute, ainda, um pressuposto de que a bolsa brasileira conseguirá se recuperar e subir 20% até dezembro.

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Será? Para calcular quanto vale a XP Inc., o Credit incluiu projeção de alta de 20% da Bolsa brasileira em 2020 (Imagem: Alberto Ruy/MInfra)

A expectativa para o lucro líquido baixou 14%, para R$ 1,1 bilhão. O Credit Suisse avisa, ainda, que os números podem cair ainda mais, diante do difícil cenário econômico à frente.

Marcelo Telles, Craig Siegenthaler, Otavio Tanganelli e Alonso Garcia, que assinam o relatório, afirmam que o cenário pode ser ainda pior, se algumas de suas premissas não forem confirmadas.

Os analistas acrescentam que os múltiplos também já estão esticados, com o papel negociando a 62 vezes o P/L (preço/lucro) estimado para 2020, e 37 vezes o P/L de 2021. “Acreditamos que os riscos relacionados aos lucros permanecem com viés de baixa”, dizem.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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