Nubank (NU): Se tivesse alavancagem do Itaú (ITUB4), ROE poderia chegar a 80%, calcula Goldman
A euforia com o Nubank (NU;ROXO34) esfriou após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, que mostraram alguns sinais de fraqueza. Desde então, o papel acumula queda de cerca de 25%. No ano, a alta é de 73%.
Em relatório, o Goldman Sachs continua otimista e vê oportunidade com a queda. Mesmo assim, o banco cortou o preço-alvo de US$ 19 para US$ 17, potencial de alta de 55%.
De acordo com os analistas liderados por Tito Labarta, de fato, o roxinho deverá crescer em menor ritmo e com potencial deterioração da qualidade. Porém, os riscos de queda os lucros são administráveis, dada a forte situação operacional da empresa, balanço ainda desalavancado e curta duração do seu empréstimo.
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O banco vê lucro de US$ 2,9 bilhões para 2025, o que ainda implicaria crescimento de 29% nos lucros.
“Como tal, pensamos que o risco/recompensa continua atrativo, particularmente por uma das poucas histórias de crescimento estrutural na América Latina”.
Nubank: ROE de 80%?
Segundo os analistas, o Nubank ainda tem muito capital excedente e, se tivesse a alavancagem do Itaú, o ROE (retorno sobe o capital próprio) poderia chegar a incríveis 80%.
Ainda segundo o Goldman, o Nubank possui vários motores de crescimento e mesmo dentro do PIX, enquanto a fintech está crescendo particularmente com clientes de renda média e alta.
“A Nu ainda está bem abaixo da média em empréstimos pessoais e empréstimos consignados no Brasil e começa a acelerar o crescimento do crédito no México”, destacam.
Por outro lado, taxas de juros mais altas devem levar a custos de financiamento, mas isso é compensado pelos juros sobre liquidez.
Mesmo com visão positiva, o Nubank caia 4,81% na bolsa de Nova York, a US$ 11,28, por volta das 14h em meio à piora do humor dos mercados.