Se depender de Lula, descontos para ‘linha branca’ devem voltar; veja entraves e como já funcionou
Se depender do presidente Lula (PT), a reedição do programa de barateamento dos eletrodomésticos da linha branca — como geladeira, refrigerador, fogão e máquina de lavar roupa — vai acontecer. Ontem, em entrevista à Record, o presidente voltou a defender a concessão de benefícios para os produtos.
“Muitas vezes, fazendo uma concessão, abrindo mão de um percentual de um imposto pequeno, você parece que vai arrecadar menos, mas no fundo você vai ganhar mais pela quantidade de produção e pela quantidade de venda”, disse Lula em entrevista.
“Eu apenas insinuei de que nós já fizemos isso em 2008, foi um sucesso extraordinário, todo mundo renovou sua geladeira, renovou sua máquina de lavar roupa”, explicou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que terá uma reunião com Lula nesta sexta (14) para discutir o assunto.
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Linha branca
O governo ainda não esclareceu sobre como ou quando o programa se estabelecerá, mas a expectativa é de que os descontos viriam por meio de alívios temporários no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Lula encarregou o vice-presidente e ministro da indústria, Geraldo Alckmin, de estudar a possibilidade de reedição da medida, que já foi adotada no segundo mandato do presidente.
“Até falei para o Alckmin: ‘Que tal a gente fazer uma aberturazinha para a linha branca outra vez?’. Facilitar a compra de geladeira, de televisão, de máquina de lavar roupa’”.
No entanto, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu que não adianta apresentar um programa de estímulo ao consumo antes do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas que passará a valer na segunda-feira (17).
Como era o incentivo
Em 2009, Lula reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre quatro itens da categoria: geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupas e tanquinhos.
Durante o período de três meses, o programa funcionou da seguinte forma:
- Imposto sobre geladeiras caiu de 15% para 5%;
- Imposto sobre fogões caiu de 5% para zero;
- Imposto para máquinas de lavar roupas caiu de 20% para 10%;
- Imposto para tanquinhos caiu de 10% para zero.